Rivaldo Barbosa, o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, fez um pedido em um bilhete — por intermédio da Polícia Federal — ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo matéria do jornal O Globo, publicada nesta quinta-feira (23), ele solicitou ser ouvido, “pelo amor de Deus”, no caso da morte da vereadora Marielle Franco.
O delegado está preso desde o dia 24 de março sob a acusação de ter planejado o homicídio da vereadora e atuado para proteger os mandantes do crime.
Há cerca de um mês, Barbosa já havia pedido a Moraes para prestar depoimento à Polícia Federal. Na ocasião, em petição ao STF, ele afirmou que ainda não foi ouvido pelos investigadores, mesmo com ordem judicial.
Além do delegado, foram alvos dos mandados de prisão preventiva cumpridos em 24 de março o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Domingos Brazão e seu irmão, o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ). No último dia 10, eles foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Todos os envolvidos negam os crimes.
Pedido estendido à esposa
Ainda no bilhete, o delegado pediu também ao STF que a esposa dele seja ouvida. Para a PF, ela teria utilizado empresas de fachada com o intuito de supostamente lavar dinheiro, atuado como “testa de ferro” de Barbosa.
Os advogados Marcelo Ferreira de Souza e Felipe Dalleprane enviaram a Corte documentos e afirmaram não haver “qualquer lastro probatório ou ao menos indiciário” no sentido de que tenha havido práticas ilícitas na prestação dos serviços realizados pelas empresas de Erika, tampouco que a evolução patrimonial da mulher tenha relação com rendas ilegais.