O coach Pablo Marçal, que na última semana precisou ser resgatado de uma expedição perigosa em São Paulo, já foi condenado por integrar um grupo criminoso suspeito de desviar dinheiro de bancos, em 2010. As informações são do jornal Metrópoles.
À reportagem, o Ministério Público Federal (MPF) detalhou que o líder motivacional tinha contato direto com dois homens acusados de ser o chefe da organização.
Segundo a investigação, Marçal recolhia e-mails que mais tarde eram infectados com programas invasores e consertava os computadores usados pelo bando.
O agora coach, no entanto, teve a pena extinta em 2018 por prescrição retroativa, já que se passaram mais anos do que a sentença em trânsito em julgado.
Expedição
Com 2,1 milhões de seguidores no Instagram, Pablo Marçal virou assunto nacional no último dia 7 de janeiro, dois dias depois de precisar ser resgatado ao lado de outras 32 pessoas de uma expedição malsucedida no Pico dos Martins, em São Paulo.
O também escritor subiu ao local de 2,4 metros de altitude com o objetivo de obter "códigos que destravassem a mente" ao final da escalada. Contudo, ele e o grupo fizeram a atividade fora da época recomendada e sem os equipamentos de segurança necessários.
Para o capitão do Corpo de Bombeiros paulista, Paulo Roberto Reis, a ação do coach foi "totalmente irresponsável". "Subir com um grupo de pessoas despreparadas e sem equipamento é colocá-las sob risco de morte. Essa foi a pior ação que a gente viu no Pico dos Marins", avaliou o militar.
Após ser resgatado, Marçal chegou a minimizar os riscos da empreitada alegando que “algumas pessoas não suportam quem corre risco". Ele também afirmou que "não mandou ninguém subir" e complementou: "Se você não quer correr risco, fica na sua casa assistindo os stories”.