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STJ decide que companhias aéreas podem negar embarque de animal de suporte emocional na cabine

Pets que não atenderem os padrões especificados pelas próprias empresas, como peso e altura, podem ter o embarque na cabine recusado

Escrito por
Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 23:20)
Imagem foca em cachorro de pelos caramelo em aeroporto com passageiro carregando cachorro da raça yorkshire ao fundo, ilustrando decisão do STJ sobre transporte de animal de apoio emocional na cabine em voos
Legenda: Magistrada destacou que animais fora dos padrões estabelecidos pelas companhias podem colocar em risco a segurança dos passageiros e dos voos
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, nesta semana, que companhias aéreas não são obrigadas a transportar animal de suporte emocional na cabine do avião — onde ficam os passageiros. Com a determinação, pets que não estejam nos padrões especificados pelas próprias empresas, como peso e altura, podem ter o embarque na cabine recusado. 

Animais de suporte emocional são aqueles que auxiliam psicologicamente pessoas com transtornos mentais ou deficiências. 

Diante da falta de lei específica para o caso, a Quarta Turma decidiu, na quarta-feira (14), que pets para apoio mental não podem ser equiparados aos cães-guia — utilizados no auxílio a pessoas com deficiência visual —, já que esses passam por rigoroso treinamento, conseguem controlar as necessidades fisiológicas e têm identificação própria.

Durante o julgamento, a ministra Maria Isabel Galotti argumentou que a admissão de embarque de animais fora dos padrões estabelecidos pelas companhias podem colocar em risco a segurança dos passageiros e dos voos. 

"Não há nenhuma excepcionalidade que justifique a intervenção do Judiciário para impor a obrigação, não estabelecida no contrato de concessão de serviço público, de transportar, na cabine da aeronave, animais domésticos que excedam os limites de peso e altura e sem o cumprimento das demais condições previstas pelas companhias aéreas."

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STJ contraria proposta do Senado

A decisão do STJ contraria um projeto de lei aprovado pelo Senado em abril deste ano. Conhecido como "Lei Joca", a proposta determina que companhias aéreas que oferecem o serviço de transporte de cães e gatos devem colocá-los na cabine do avião.

O PL é uma homenagem ao cachorro Joca, animal da raça Golden Retriever que morreu durante o transporte aéreo da Gollog, empresa da Gol Linhas Aéreas, após um erro no destino, em abril de 2024.

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