Número de denúncias sobre terroristas que atacaram Três Poderes dobra em 24 horas e chega a 60 mil
Neste momento, o Governo Federal prioriza informações sobre quem financiou os atos golpistas
Em 24 horas, dobrou a quantidade de denúncias registradas no Ministério da Justiça e Segurança Pública sobre os terroristas que invadiram as sedes dos Três Poderes neste domingo (8). Até a tarde desta quarta-feira (11), o Governo Federal recebeu 60 mil queixas indicando nomes que participaram dos atos de vandalismo — pela manhã, eram 30 mil.
Segundo o G1, com informações do secretário de Acesso à Justiça, Marivaldo Pereira, as apurações dão prioridade, neste momento, aos dados de quem financiou o envio de caravanas de vândalos para Brasília e os gastos com os acampamentos montados em frente a quartéis do Exército desde o ano passado, após o fim das eleições gerais.
"Qualquer informação ou pista é bem-vinda", diz o Ministério comandado por Flávio Dino. As denúncias podem ser enviadas para o e-mail denuncia@mj.gov.br.
Veja também
Identificação dos financiadores
O Ministério da Justiça afirmou, recentemente, que tem chegado às identidades de alguns dos financiadores dos atos golpistas. Nesta quarta, ainda conforme o G1, a pasta disse ter recebido muitas mensagens com informações específicas sobre Ana Priscila Azevedo, presa em Luziânia, no entorno do Distrito Federal.
Veja também
Ela é apontada como uma das organizadoras dos atos em Brasília. Nas redes sociais, a terrorista sugeriu ações violentas em Brasília e incitou apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a uma "tomada de poder".
Invasores em Brasília
No domingo (8), milhares de terroristas invadiram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, e depredaram prédios públicos que abrigam o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF).
Nesse mesmo dia, devido às falhas na segurança dos locais, foi exonerado do cargo Anderson Torres, ex-secretário da Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro do Governo Bolsonaro. Já na segunda (9), por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF, também foi afastado por 90 dias da função de governador do DF Ibaneis Rocha (MDB).
Neste momento, por meio de uma intervenção federal, quem comanda a Segurança Pública do DF é Ricardo Garcia Capelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça.