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'Não tenho pensado sobre isso', diz Elmano sobre nova crise no PDT cujo estopim foi apoio ao governo

A declaração foi dado em do evento de multivacinação com os ministros da Saúde (Nísia Trindade) e da Educação (Camilo Santana)

Escrito por Luana Barros, Ingrid Campos ,
Elmano de Freitas, multivacinação, PDT
Legenda: "Hoje eu só estou pensando em vacina", disse o governador.
Foto: Thiago Gadelha

O governador Elmano de Freitas (PT) adotou cautela, nesta segunda-feira (2), ao comentar a nova crise do PDT que teve o restabelecimento da aliança com o PT como estopim em reunião na última sexta-feira (29). Ele participou do lançamento oficial da Campanha Nacional de Multivacinação, em Fortaleza.

"Não tenho avaliação ainda, não tenho pensado sobre isso. Hoje eu só estou pensando em vacina e em como eu consigo fazer que todos os nossos municípios tenham como vacinar nossas crianças e adolescentes", afirmou o governador. 

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Participaram do evento de multivacinação, ainda, os ministros da Saúde (Nísia Trindade) e da Educação (Camilo Santana).

Cisão no PDT

Na última semana, os ânimos se acirram nova e profundamente no partido. Na sexta-feira (29), por exemplo, o diretório estadual convocou uma reunião para tratar, entre outros assuntos, do restabelecimento do elo com o PT no Ceará, quebrado nas eleições de 2022.

As discussões na ocasião foram conduzidas pelo senador Cid Gomes, que estava como presidente interino do colegiado. A pauta elevou os ânimos entre os membros do diretório, causando discussões com gritos e investidas físicas. 

André Figueiredo e alguns aliados deixaram o encontro mais cedo, tecendo duras críticas a Cid. "Infelizmente, a reunião estava ótima. Infelizmente, não terminou bem, vamos tomar decisões porque não dá para conviver com ditaduras dentro da PDT. Resolvemos nos retirar para não ser coniventes com agressões descabidas contra companheiros nossos", assinalou Figueiredo.

Questionado se o PDT nacional atuaria, ele respondeu que "vai ser resolvido", sem dar mais detalhes.

Três dias depois, o deputado federal anunciou o retorno ao comando do PDT Ceará – ele havia se licenciado para dar lugar a Cid, após acordo com lideranças –, acumulando as funções de presidente estadual e nacional. 

André disse que ouviu correligionários dos diretórios estadual e municipal, além de Ciro Gomes, irmão de Cid, e Carlos Lupi, antes da decisão anunciada. 

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“Não dá para a gente continuar convivendo com esse desarranjo institucional que está vivendo o PDT, inclusive com desrespeito a companheiros históricos do Partido. Por isso, após conversa com alguns companheiros do diretório regional, diretório municipal, com companheiro Ciro e companheiro Lupi e decidimos voltar à presidência do diretório estadual”, disse Figueiredo, para aplausos dos presentes. 

Depois, em nota enviada à imprensa, agradeceu a gestão de Cid, "mas entendendo o clamor de quem vem construindo o partido há quase quatro décadas e sentindo a necessidade dessa compreensão", informou oficialmente o seu retorno.

De acordo com ele, há um desejo em se esforçar na busca do apaziguamento das relações e o estabelecimento de uma unidade na legenda. "Consideramos fundamental a manutenção de um projeto que trouxe e continua trazendo grandes avanços para toda a população cearense, e trabalharemos pelo fortalecimento da presença pedetista no Executivo e Legislativo em todos os municípios do Ceará", pontuou.

 

 

 

 

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