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Moraes manda apreender passaporte e armas de Carla Zambelli; veja outras medidas

PF prendeu o hacker Walter Delgatti Neto, alvo da operação, e fez buscas e apreensões em endereços da deputada

Escrito por Diário do Nordeste / Estadão Conteúdo ,
Carla Zambelli
Legenda: Moraes determina que PF apreenda dinheiro e bens acima de R$ 10 mil de hacker e de Zambelli
Foto: Michel Jesus / Câmara dos Deputados

Na decisão em que autorizou a operação da Polícia Federal desta quarta-feira (2) contra a deputada Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti Neto, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, entre outras medidas, a apreensão de dinheiro e bens em valores superiores a R$ 10 mil, além de passaportes, computadores, celulares e armas dos investigados

O despacho dá aval para os investigadores vasculharem inclusive "cômodos secretos" que eventualmente encontrassem nos endereços. 

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O ministro ainda determinou a quebra do sigilo bancário dos investigados. Delgatti foi preso durante a ofensiva.

Ao todo, os investigadores cumprem cinco ordens de busca e apreensão - duas em São Paulo e três no Distrito Federal. Destas, quatro são em endereços ligados à Carla Zambelli.

Zambelli e Delgatti são os principais alvos da Operação 3FA, que investiga a suposta invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserção de documentos e alvarás de soltura falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP).

Segundo a PF, a ofensiva investiga delitos que ocorreram entre 4 e 6 de janeiro, quando teriam sido inseridos no sistema do CNJ 11 alvarás de soltura de presos por motivos diversos e um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Hacker implicou Zambelli pela invasão

Em depoimento, o hacker implicou Zambelli diretamente pela invasão do sistema do CNJ e inserção da ordem de prisão fraudulenta contra Moraes. Segundo a PF, Walter Delgatti disse que recebeu pagamentos como "contraprestação para ficar à disposição da parlamentar".

Ele ainda citou o ex-presidente Jair Bolsonaro. Disse ter encontrado o ex-chefe do Executivo no Palácio do Alvorada, "tendo o mesmo lhe perguntado se o declarante, munido do código-fonte, conseguiria invadir a urna eletrônica". Segundo o hacker, "isso não foi adiante, pois o acesso que foi dado pelo TSE foi apenas na sede do Tribunal".

Outro alvo da operação é Thiago Eliezer Martins Santos, que também foi investigado na Operação Spoofing, junto de Walter Delgatti, o "Vermelho".

 

 

 

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