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Carla Zambelli e hacker Delgatti são alvos de operação da Polícia Federal

Deputada é suspeita de contratar Delgatti para fraudar urnas e tentar inserir mandado falso no sistema do CNJ. Hacker foi alvo de mandado de prisão

Escrito por Diário do Nordeste/Estadão Conteúdo ,
Legenda: Carla Zambelli é alvo de mandado de busca e apreensão
Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

A Polícia Federal prendeu, na manhã desta quarta-feira (2) Walter Delgatti Neto, hacker do ex-juiz Sérgio Moro e de ex-integrantes da Operação Lava Jato, entre eles o ex-deputado Deltan Dallagnol. A corporação ainda faz buscas em endereços ligados à deputada federal Carla Zambelli.

A Operação 3FA tem como objetivo esclarecer a invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserção de documentos e alvarás de soltura falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP). 

Segundo as investigações, Zambelli é suspeita de contratar Delgatti para fraudar as urnas eletrônicas e tentar inserir no sistema do CNJ um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

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"Em prosseguimento às ações em defesa da Constituição e da ordem jurídica, a Polícia Federal está cumprindo mandados judiciais relativos a invasões ou tentativas de invasões de sistemas informatizados do Poder Judiciário da União, no contexto dos ataques às instituições", pontuou o ministro da Justiça Flávio Dino.

Segundo a Polícia Federal, três mandados de apreensão estão sendo cumpridos no Distrito Federal, assim como análise do material apreendido. Também estão sendo cumpridos dois mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva no estado de São Paulo.

Alvarás e mandado falso

Os crimes apurados ocorreram entre os dias 4 e 6 de janeiro de 2023, época em que teriam sido inseridos no sistema do CNJ e, possivelmente, de outros tribunais do Brasil, 11 alvarás de soltura e um mandado de prisão falso.

"As inserções fraudulentas ocorreram após invasão criminosa aos sistemas em questão, com a utilização de credenciais falsas obtidas de forma ilícita, conduta mediante a qual os criminosos passaram a ter controle remoto dos sistemas. Os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica", reforçou a Polícia Federal, em nota. 

O nome da operação faz referência à autenticação de dois fatores (2FA), método de segurança para acessar recursos e dados. Como foi necessária a atuação da PF, do Ministério Público Federal (MPF) e do Judiciário, após a violação do sistema, o nome também faz referência a isso. 

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