Legislativo Judiciário Executivo

'Induziram a magistrada a erro', diz Cid, após André Figueiredo suspender eleição na Justiça

Senador afirma que prazos citados na petição ajuizada por Figueiredo se referem a convenções estaduais, não a reuniões do diretório

Escrito por Luana Barros, Bruno Leite, Ingrid Campos ,
Cid Gomes
Legenda: O senador Cid Gomes afirmou que a magistrada foi 'induzida ao erro'
Foto: Kid Jr.

O senador Cid Gomes (PDT) disse que a juíza Maria de Fatima Bezerra Facundo "foi induzida ao erro". A magistrada suspendeu os efeitos da eleição para uma nova Executiva, ocorrida no final da tarde desta segunda-feira (16) e que elegeu Cid como novo presidente do PDT Ceará. 

A decisão judicial suspendendo o edital de convocação da reunião e, caso a eleição já houvesse ocorrido, suspendendo os efeitos dela foi tomada poucos minutos após a eleição do senador para o comando do diretório estadual. A tutela de urgência foi determinada pela magistrada em resposta à petição ajuizada por André Figueiredo (PDT), que, dessa forma, retorna à presidência do PDT Ceará. 

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O texto afirma que a convocação da reunião extraordinária "não respeitou os trâmites mínimos necessários para sua realização", sendo eles: a convocação da reunião no prazo prévio de 20 dias e com inscrições para registro de chapa até as 18 horas do 5º dia anterior à realização da reunião, diz a liminar.

Segundo Cid Gomes, no entanto, os prazos citados pela magistrada na decisão se referem à convenção estadual, não à reunião do diretório.

O senador cita que a convenção é um dos "grandes ritos eleitorais" de um partido e, por isso, "deve ter prazos e que são prazos mais elásticos, maiores do que reunião do diretório", disse. Ele disse que os prazos determinados para a reunião do diretório estadual, que foi o que ocorreu nesta segunda, "foram todos cumpridos". "E é isso que vamos mostrar em juízo", garantiu. "E tenho certeza que o que aconteceu aqui hoje será respeitado pela Justiça". 

"Induziram-na ao erro. Citaram artigos da convenção, e isso aqui não era uma convenção. (...) O que houve aqui hoje foi uma reunião do diretório e a convocação foi feita atendendo todos os dispositivos estatutários. Isso ficará mostrado em juízo e tenho certeza que prevalecerá a decisão tomada aqui hoje", ressaltou. 

Diário do Nordeste tentou contato com o deputado federal André Figueiredo sobre a decisão do diretório e quando tiver retorno, a matéria será atualizada. Figueiredo está, neste momento, na China em missão oficial da Câmara dos Deputados. A reunião do PDT Ceará teria sido acompanhada por um assessor e um advogado do parlamentar, segundo apurado pela reportagem.  

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