Jair Bolsonaro: veja propostas, plano de governo e aliados do presidenciável

Essa é a segunda vez que capitão da reserva vai disputar o comando do Palácio do Planalto. Em sua trajetória política, ele não tem nenhuma derrota até o momento

Escrito por Alessandra Castro , alessandra.castro@svm.com.br
Bolsonaro no Ceará, Bolsonaro em Fortaleza
Legenda: Entre as propostas de Bolsonaro, estão a ampliação do acesso às armas de fogo e privatização de estatais
Foto: Thiago Gadelha

Candidato à Presidência da República pelo PL em 2022, Jair Messias Bolsonaro vai disputar a eleição presidencial pela segunda vez, em busca da reeleição. Capitão da reserva do Exército, a trajetória de Bolsonaro na política começou em 1988, quando foi eleito para ocupar uma vaga na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

Dois anos depois, ele conquistou o seu primeiro mandato na Câmara dos Deputados pelo estado do Rio de Janeiro, cujo os eleitores o reconduziram ao cargo por mais seis mandatos consecutivos. Com pautas ligadas ao conservadorismo, Bolsonaro tem polarizado a disputa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), também candidato. 

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Aos 67 anos, ele não amargou nenhuma derrota nas urnas até o momento. Na sua trajetória política, já passou pelos partidos PDC, PPR, PPB, PTB, PFL, PP e PSL. Apesar de ter nascido em um distrito de Campinas, em São Paulo, no dia 21 de março de 1955, foi no Rio de Janeiro que fez sua base política-eleitoral.

Entre suas propostas, estão a ampliação do acesso às armas de fogo, privatização de estatais e liberdade de "uso responsável dos recursos naturais". Confira mais propostas no plano de Governo.

Plano de Governo

Com 48 páginas, o plano de Governo de Bolsonaro apresenta valores e princípios centrais do candidato, como defesa da liberdade e à vida, liberdade econômica, liberdade de expressão e uso responsável de recursos naturais, como guias para as propostas.

Dentre os projetos, estão:

  • Continuar defendendo que os trabalhadores devem ser livres para realizar trocas entre si, livres de coerção;
  • Manutenção do valor de R$ 600 do Auxílio Brasil a partir de janeiro de 2023;
  • Estimular desenvolvimento na mineração e intensificar ações de promoção e competitividade do agronegócio;
  • Ampliar tecnologia 5G
  • Criação do Programa Abrace Brasil, para promover o desenvolvimento socioeconômico regional;
  • Fortalecer o programa Saúde Digital, que abrange o uso de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) para produzir e disponibilizar informações confiáveis sobre o estado de saúde para os cidadãos, profissionais da saúde e gestores públicos;
  • Priorizar investimentos e ferramentas na Educação Básica;
  • Incrementar ações que forneçam os fundamentos de disciplinas como Matemática, Português, História, Geografia e Ciências de uma forma geral;
  • Ampliação do saneamento básico para a população, buscando metas "ousadas" que propiciem maior bem-estar, diminuição do índice de doenças provocadas pela falta do serviço, como diarreia, e diminuição da pressão sobre o SUS.

Número de Bolsonaro

Candidato a reeleição, Bolsonaro disputa a corrida presidencial de 2022 pelo PL, com o número 22.

Partidos que apoiam Bolsonaro

Em sua chapa, o militar reformado aglutina apoio do PL, Republicanos e PP - que formam a coligação "Pelo bem do Brasil". O União Brasil, criado após fusão do DEM com o PSL - partido pelo qual Bolsonaro foi eleito - decidiu lançar candidatura própria e não compor a coligação de Bolsonaro nesta eleição.

Apesar disso, Bolsonaro conta com apoio de alguns bolsonaristas filiados ao União Brasil e a outros partidos do Centrão. Situação semelhante ocorre com outros candidatos, que também têm base eleitoral em partidos não-coligados.

No Ceará, o PL apoia a candidatura de Capitão Wagner (União) ao Palácio da Abolição, ainda que o postulante do União Brasil tenha se posicionado de forma neutra na disputa presidencial até o momento.

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Todavia, quando Bolsonaro esteve no Ceará, em julho deste ano, o presidente fez claros acenos de apoio à Wagner, afirmando que "se o Brasil tem problema, chama o capitão. Se o Ceará tem problema, chama o capitão".

Vice de Bolsonaro

O ex-ministro Walter Braga Netto é o candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro. Braga Netto também é militar da reserva e filiado ao partido liberal. Ele foi escolhido por ser uma pessoa "de confiança" do presidente, após desentendimento entre Bolsonaro e o seu então vice, Hamilton Mourão (Republicanos).

Bens declarados

Na eleição deste ano, o chefe do Poder Executivo Federal declarou um patrimônio de R$ 2,3 milhões - R$ 30 mil a mais do que no último pleito em que concorreu, em 2018. 

O valor é distribuído em cinco imóveis, quatro veículos, aplicações na caderneta de poupança, renda fixa e ações de empresas de linhas telefônicas.

Dentre as posses mais caras, estão uma casa na Barra da Tijuca, avaliada em R$ 600 mil; uma aplicação de R$ 481 mil na poupança do Banco do Brasil; uma outra casa na Barra da Tijuca de R$ 400 mil; um apartamento em Brasília de R$ 240 mil; e um micro-ônibus de R$ 141 mil.

Outros candidatos à Presidência

Além de Bolsonaro, também são candidatos ao Palácio do Planalto o ex-presidente Lula (PT); o ex-ministro Ciro Gomes (PDT); a senadora Simone Tebet (MDB); a senadora Soraya Thronicke (União); o advogado Eymael (DC); o empresário Felipe D'Ávila (Novo); o coordenador Movimento Luta nos Barrios, Vilas e Favelas (MLB), Léo Péricles (UP); Padre Kelmon (PTB); a professora universitária Sofia Manzano (PCB); e a socióloga Vera Lúcia (PSTU).

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