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Ciro Gomes: veja propostas, plano de governo e aliados do presidenciável

Essa é quarta vez que Ciro disputa a Presidência da República

Escrito por Alessandra Castro , alessandra.castro@svm.com.br
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Legenda: Entre suas propostas, Ciro quer aumentar empregos, reduzir pobrezas e desmatamentos
Foto: Thiago Gadelha

Escolhido pelo PDT para a disputa pela Presidência da República, Ciro Ferreira Gomes vai concorrer ao cargo pela quarta vez. Ex-prefeito de Fortaleza, ex-governador do Ceará e ex-ministro, Ciro conseguiu, ao longo de sua trajetória, formar o seu próprio grupo político, junto com os seus irmãos, e se consolidar como uma importante liderança no Estado.

Nascido em Pindamonhangaba, em São Paulo, em 6 de novembro de 1957, Ciro Gomes mudou-se ainda criança para o Ceará junto com seus pais, que decidiram voltar a Sobral, cidade-natal paterna. A Princesinha do Norte, inclusive, tornou-se o berço político da família Ferreira Gomes, cujo legado foi iniciado ainda pelo patriarca, José Euclides Ferreira Gomes, que foi prefeito da cidade entre 1977 e 1983.

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Em Sobral, Ciro foi o deputado estadual mais votado, em 1982, quando disputou sua primeira eleição.

Além disso, até os dias atuais a gestão da cidade é ligada ao clã Ferreira Gomes, tendo atualmente Ivo Gomes (PDT) como prefeito. O irmão o senador Cid Gomes (PDT) também já comandou a cidade.

Advogado de formação, Ciro foi prefeito de Fortaleza entre 1989 e 1990, governador do Ceará de 1991 a 1994, ministro da Fazenda entre 1994 e 1995, no governo de Itamar Franco, ministro da Integração Nacional entre 2003 e 2006, no governo Lula, e deputado federal de 2007 a 2011. Aos 64 anos, essa é quarta vez que concorre à Presidência da República - acumulando disputas em 1998, 2002, 2018 e, agora, em 2022.

Entre suas propostas, estão aumentar a quantidade e qualidade de empregos com a redução da informalidade, reduzir pobrezas e desigualdades e reduzir desmatamento, exemplo.

Plano de Governo

Em um documento de 26 páginas, Ciro destrincha suas propostas no plano de Governo, explicando como pretende financiar políticas públicas e manter o equilíbrio fiscal, defendendo, inclusive, reforma tributária e fiscal.

Veja alguns pontos:

  • Redução de subsídios e incentivos fiscais em 20% no primeiro ano de governo, o que representaria cerca de R$ 70 bilhões de redução nas despesas;
  • Recriação de imposto sobre lucros e dividendo distribuídos, que injetaria cerca de R$ 70 bilhões de receita
  • Reforma da previdência, com renda básica garantida, uma parte associada ao regime de repartição e outra parcela associada à capitalização;
  • Desenvolver energia limpa, como eólica, on-shore e off-shoe, solar e de hidrogênio verde;
  • Criar um pacto federativo com os estados para adoção do Programa de Alfabetização na Idade Certa, definição de metas de aprendizagem por ciclos de ensino, qualificação continuada de professores e gestores escolares, incentivos financeiros para escolares que alcançarem bons desempenho;
  • Retomar a produção de medicamentos, de insumos farmacêutico e programa Farmácia Popular;
  • Criar crédito popular para refinanciar dívidas de famílias e empresas;
  • Criar um programa de distribuição de renda mínima universal, que englobaria o Auxílio Brasil, Seguro Desemprego e Aposentadoria Rural;
  • Implantar o Sistema Único da Segurança Pública.

Número de Ciro

Candidato pelo PDT, Ciro Gomes disputa a corrida presidencial com o número 12.

Partidos que apoiam Ciro

Nesta eleição, Ciro Gomes vai disputar o Palácio do Planalto em um chapa isolada do PDT. Apesar de ter tentado atrair aliados, ele não obteve muito sucesso. 

Ainda na pré-campanha, inclusive, o ex-ministro tentou atrair a senadora Simone Tebet (MDB) para sua chapa, oferecendo o cargo de vice, caso ela desistisse da sua postulação. Tebet, no entanto, rejeitou as investidas de Ciro e conseguiu garantir o PSDB, Cidadania e Podemos na sua coligação. 

No Ceará, Ciro também tem enfrentado obstáculos para assegurar seu arco de alianças em torno do seu nome na eleição pelo comando do Planalto. Após o rompimento entre PT e PDT no comando pelo Governo do Ceará, prefeitos pedetistas se desfiliaram e anunciaram apoio às postulações petistas à nível estadual e federal. 

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Vice de Ciro

Como vice na na chapa, o ex-ministro tem a vice-prefeita de Salvador, Ana Paula Matos (PDT).

Bens declarados

Neste pleito, Ciro declarou um patrimônio de R$ 3 milhões - 79,31% a mais do que o informado em 2018 (R$ 1,6 milhão).

O valor é distribuído em quatro imóveis, dois veículos, quotas de participações em empresas, créditos decorrente de alienação e empréstimos, além de dinheiro em espécie e em contas bancárias.

Entre as posses mais caras, estão R$ 1 milhão de crédito de alienação; um apartamento no Meireles de R$ 687 mil; um outro apartamento na Praia de Iracema de R$ 381 mil; uma casa em Sobral de R$ 300 mil; e parte de uma casa no Centro de Sobral, cujo seu quinhão é de R$ 160 mil.

Outros candidatos à Presidência

Além de Ciro, também são candidatos ao Palácio do Planalto o presidente Jair Bolsonaro (PL); o ex-presidente Lula (PT); a senadora Simone Tebet (MDB); a senadora Soraya Thronicke (União); o advogado Eymael (DC); o empresário Felipe D'Ávila (Novo); o coordenador Movimento Luta nos Barrios, Vilas e Favelas (MLB), Léo Péricles (UP); Padre Kelmon (PTB); a professora universitária Sofia Manzano (PCB); e a socióloga Vera Lúcia (PSTU).

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