Doações via Pix para Zambelli podem indicar se ela teve ajuda para deixar o País; entenda
Deputada fez uma ‘vaquinha’ após ser condenada
Determinada na quarta-feira (4), pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a abertura de um novo inquérito vai investigar a deputada Carla Zambelli (PL-SP) para apurar detalhes dos Pix recebidos pela congressista.
A investigação visa poder indicar se ela teve ajuda para deixar o País, além de apurar possíveis transferências feitas antes da fuga. Moraes também autorizou a quebra de sigilo e oitiva por escrito.
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Antes de sair do Brasil, a deputada afirmou ter arrecadado ao menos R$ 285 mil na campanha de doação que promoveu após a condenação pela invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), valores que, segundo ela, seriam usados “para o pagamento das multas injustas e completamente desproporcionais”.
O ministro determinou ainda que o Banco Central informe os valores e os remetentes de transferências via Pix recebidas por Zambelli nos últimos 30 dias.
Zambelli é procurada pela Interpol
O nome da deputada Carla Zambelli foi oficialmente incluído na lista de difusão vermelha da Interpol. A decisão ocorre após pedido da Polícia Federal, por determinação do ministro Alexandre de Moraes. Assim, Zambelli passou a ser procurada internacionalmente.
A deputada deixou o País mesmo condenada a 10 anos de prisão por invadir os sistemas do CNJ. A condenação também foi motivada pelo fato de que ela inseriu documentos falsos no sistema, incluindo um mandado de prisão falso contra Moraes no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP).
Na manhã de quarta-feira (4), Carla Zambelli estava na Flórida, nos Estados Unidos. A prisão preventiva, inclusive, foi determinada na quarta, com aval de Moraes por pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Segundo informações do portal UOL, Zambelli teria deixado o país ainda no fim de maio, saindo pela fronteira com a Argentina.
Com o pedido de prisão, a deputada se pronunciou por meio das redes sociais. "Denunciarei esse abuso, essa perseguição e essa escalada autoritária em todos os fóruns internacionais possíveis. O mundo precisa saber que, no Brasil, ministros do Supremo agem como imperadores, atropelando leis, calando vozes, destruindo famílias. Essa perseguição política está apenas começando a ser exposta", declarou.
Em agosto de 2023, Zambelli teve o passaporte apreendido por determinação de Moraes, ainda durante as investigações, mas o documento foi devolvido em seguida.