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Capitão Wagner diz que Camilo é 'contraditório' ao querer levar União Brasil para base do governo

Político comparou falas recentes do ministro da Educação direcionadas aos movimentos do ex-aliado Roberto Cláudio

(Atualizado às 11:56)
Capitão Wagner, sozinho na foto, dando entrevista a jornalistas
Legenda: Dirigente do União Brasil no Ceará esteve no anúncio de filiação de Roberto Cláudio
Foto: Thiago Gadelha

O ex-deputado federal Capitão Wagner (União) tratou como contraditória a postura do ministro da Educação, Camilo Santana (PT), em querer levar o seu partido para a base do Governo Elmano e, ao mesmo tempo, criticar a aproximação do ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, com uma ala oposicionista próxima ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em declaração à imprensa, na manhã desta terça-feira (3), durante o anúncio de filiação de Roberto Cláudio à legenda que ele dirige no Ceará, o ex-parlamentar ainda disse ter recebido “propostas e oferecimentos” diversos do grupo do petista.

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“O mesmo que criticou o Roberto de estar se juntando ao União, convidou o União para fazer parte do bloco da situação. (...) Não é contraditório o Camilo dizer numa entrevista que quer a federação do lado dele, o União do lado dele, e criticar o Roberto por estar vindo aqui para a federação?”, indagou, se referindo ao deslocamento do ex-mandatário do PDT para o União Brasil.

A crítica mencionada por Wagner foi feita pelo chefe do Ministério da Educação (MEC) na última sexta-feira (30), numa agenda na cidade de Barbalha. “Me admiro muito hoje eles estarem se aliando a eles. Lamento”, disse Camilo na oportunidade. Já a pretensão em ter o União na base foi revelada pelo próprio petista numa entrevista ao Diário do Nordeste, no dia 26 de maio.

Ainda nesta terça, na conversa com jornalistas, Wagner alegou haver uma intenção dos situacionistas em “criar uma narrativa” acerca do ex-pedetista. “Tem uma preocupação muito grande do governo com o fortalecimento desse grupo de oposição”, disse. Na visão dele, a tendência é que mais pessoas passem a integrar o bloco que demarca oposição ao Estado.

“Há uma série de contradições nessa afirmativa do Camilo de que a gente tem uma aliança que é contraditória. Muito mais contraditório é ele estar querendo nos levar para o governo, e a gente não querer ir para lá”, finalizou o ex-parlamentar. 

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