Câmara de Fortaleza aprova Medalha Lauro Maia para a ministra Margareth Menezes
“Maga”, como é carinhosamente apelidada pelos seus fãs, tem trajetória no campo social, como artista e gestora cultural.
Vereadores da Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor) aprovaram, na sessão legislativa desta terça-feira (11), o requerimento de autoria do vereador João Aglaylson (PT) que outorga a Medalha Lauro Maia para a ministra da Cultura Margareth Menezes.
Segundo o regramento da Casa Legislativa, a honraria aprovada é destinada a “agraciar pessoa física ou jurídica que se tenha destacado nas áreas da música, da dança, da pintura, da escultura, do teatro, da literatura, da fotografia, do desenho, das artes plásticas, do cinema ou de quaisquer outras atividades culturais que possibilitem a divulgação e a consolidação cultural fortalezense, seja por meio da criação, seja por incentivo à produção artística”.
Ao justificar a relevância do seu requerimento, o vereador Aglaylson pontuou que a homenageada é “uma das maiores intérpretes da música popular brasileira e figura de enorme relevância para a preservação, difusão e valorização da cultura afro-brasileira”.
Segundo ele, a medalha “encontra em Margareth Menezes uma destinatária legítima, não apenas por sua contribuição incontestável à música, pela projeção internacional de sua arte e pelo legado cultural que já construiu e continua a construir, mas também por sua atual função como Ministra da Cultura do Brasil, cargo de máxima relevância para as políticas culturais do país”, pontuou o político em outro momento.
Carreira musical de Margareth Menezes
Cantora, compositora, atriz e gestora cultural, Margareth nasceu em Salvador em 1962 e é conhecida como uma das precursoras do samba-reggae, surgido na Bahia no fim dos anos 1980 pelas mãos do maestro Neguinho do Samba. Ela está como titular do Ministério da Cultura (MinC) desde 2023.
Em sua carreira musical, “Maga”, como é carinhosamente apelidada pelos seus fãs, lançou onze álbuns de estúdio, seis ao vivo e cinco coletâneas. Ela é conhecida por sucessos como “Faraó”, “Elegibô” e “Dandalunda”, canções que se tornaram símbolos da música baiana.
Ao todo, realizou 23 turnês internacionais, além de ter se apresentado em festivais no exterior como o Montreux Jazz (na cidade de mesmo nome, na Suíça) e o Brazilian Day (em Nova Iorque, nos Estados Unidos).
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Como agitadora cultural, foi uma das responsáveis pela criação do bloco “Os Mascarados”, que desfila na folia soteropolitana desde 1999, sempre na quinta-feira. Gratuito desde a primeira edição, ele é uma das atrações tradicionais da festa e reúne foliões fantasiados resgatando o clima dos antigos carnavais para o Circuito Barra-Ondina.
Margareth fundou, em 2005, o Movimento Afropop Brasileiro, voltado para a integração de manifestações artísticas afro-brasileiras, em suas diversas linguagens, visando o fortalecimento de um conjunto de identidades afro da capital baiana: Filhos de Gandhy, Ilê Aiyê, Malê Debalê, Olodum, Muzenza e Cortejo Afro.
Com destacada atuação no campo social, ela também esteve à frente da fundação do Mercado Iaô e a Fábrica Cultural — esta última em atividade desde 2004. Ambas iniciativas promovem ações que articulam inclusão, educação, arte, cultura e sustentabilidade no território da Península de Itapagipe, em Salvador.