Bolsonaro segue hospitalizado em UTI e sem previsão de alta após cirurgia; entenda pós-operatório

Novo procedimento cirúrgico ainda é consequência da facada que o antigo chefe de Estado foi vítima em 2018

(Atualizado às 13:23)
Imagem mostra Bolsonaro internado para realizar cirurgia. Ex-presidente segue hospitalizado em UTI e sem previsão de alta após cirurgia
Legenda: Médico classificou resultado do procedimento como "excelente" e disse que não houve complicações durante a operação
Foto: reprodução/Instagram

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) segue internado, nesta segunda-feira (14), na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília. Submetido a uma cirurgia de cerca de 12 horas no dia anterior, ele continua sem previsão de alta. Segundo a equipe médica que acompanha o político, o pós-operatório será delicado e prolongado. 

O novo procedimento cirúrgico ainda é consequência da facada que o antigo chefe de Estado foi vítima em 2018. Nas redes sociais, ele informou que o seu estado de saúde é estável, mas que exige cuidados intensivos e a recuperação será gradual. Na postagem, ele ainda agradeceu ao trabalho da equipe médica.

O médico cardiologista Leandro Echenique, que acompanha Bolsonaro desde o ataque de 2018, destacou, em coletiva nesta manhã, que esta foi a sétima operação a qual ele foi submetido em decorrência do atentado, e uma das mais complexas

"Tinha muita aderência, que são complicações desde o período inicial, de 2018. Se não houvesse aquela primeira cirurgia, as demais não teriam ocorrido", explicou. 

Ele ainda detalhou que, apesar do longo período de duração e da complexidade, o resultado foi "excelente", sem complicações. "Claro que um procedimento de grande porte, com 12 horas de duração, implica em alguns cuidados muito específicos de pós-operatório, da parte clínica, que vamos acompanhar nos próximos dias".

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Echenique explicou que o novo procedimento gerou uma reposta inflamatória importante no organismo de Bolsonaro, reação que já era esperada, então será necessário observar e aguardar o processo cessar. 

As primeiras 48 horas após a cirurgia são críticas, frisou o médico-chefe da equipe que conduziu o procedimento, Cláudio Birolini, já que podem surgir intercorrências neste período, e até posteriormente. 

Ao longo dos próximos dias, o ex-presidente estará mais suscetível a infecções, além do aumento do risco de medicamentos para controlar a pressão, já que os vasos dilatam em razão da inflamação. Há ainda a elevação das chances de trombose e de outros problemas de coagulação do sangue. 

"Uma série de intercorrências que podem acontecer. Agora, todas as medidas preventivas serão tomadas. Por isso, ele encontra-se na UTI neste momento", explicou Echenique.

Devido ao quadro, Bolsonaro seguirá em alimentação parenteral, por via intravenosa. 

"A gente precisa deixar o intestino descansar, desinflamar, retomar sua atividade para só depois pensar em realimentação por via oral e retomada de outras atividades", informou Birolini.

Ele ainda acrescentou que na cirurgia foram necessárias 2 horas apenas para acessar a cavidade abdominal, mais 4 ou 5 horas para liberação de aderências. Numa segunda etapa, a equipe iniciou a reconstrução da parede abdominal. "O intestino dele estava bastante sofrido, o que nos leva a crer que ele já vinha com esse quadro subclínico há alguns meses", completou.  

'Meu amor já está no quarto'

No fim da noite de domingo, a esposa do antigo presidente, Michelle Bolsonaro, usou as redes sociais para detalhar que o companheiro já estava no leito. Na ocasião, ela ainda agradeceu a equipe médica responsável pela cirurgia. 

"Minha eterna gratidão a essa equipe médica extraordinária que, com precisão, competência e humanidade, conduziu às 12 horas de cirurgia do nosso capitão", escreveu no Instagram. 

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