Legislativo Judiciário Executivo

Bolsonaro evita comentar decisão de Moraes em manter tornozeleira: 'Vou ver com advogado'

Ministro do Supremo Tribunal Federal manteve as medidas cautelares do ex-presidente

Imagem do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (E) fazndo sinal de positivo ao deixar a sede do Partido Liberal em Brasília, em 22 de julho
Legenda: Ministro do Supremo Tribunal Federal manteve as medidas cautelares do ex-presidente
Foto: Sergio Lima / AFP

Após ser questionado sobre Alexandre de Moraes, o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que precisava falar com seu advogado antes de se pronunciar. Nesta quinta-feira (24), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter as medidas cautelares, conforme o Globo

"Vou ver com advogado se posso falar", declarou Bolsonaro, que esteve em uma igreja na manhã desta quinta. Além disso, ele também se reuniu com apoiadores na sede do PL.

O ministro decidiu sobre os embargos de declaração apresentados pela defesa de Bolsonaro. Os advogados pediram que Moraes explicasse a extensão do despacho que teria ameaçado Bolsonaro de prisão caso suas declarações fossem reproduzidas por terceiros nas redes sociais.

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Segundo Moraes, "em momento algum Jair Messias Bolsonaro foi proibido de conceder entrevistas ou proferir discursos em eventos públicos ou privados, respeitados os horários estabelecidos nas medidas restritivas".

O ministro justificou a possibilidade de prisão preventiva de Bolsonaro afirmando que "não seria lógico e razoável permitir a utilização do mesmo ‘modus operandi’ criminoso com diversas redes sociais de terceiros, em especial por milícias digitais e apoiadores políticos", para divulgar condutas ilícitas, ainda que sejam em entrevistas, com o objetivo de instigar chefe de Estado estrangeiro a interferir no processo judicial.

Restrições de Bolsonaro

Bolsonaro está impedido de sair de Brasília e utiliza, desde a última sexta-feira (18), tornozeleira eletrônica que monitora o seu deslocamento.

Além disso, ele é obrigado a ficar em casa entre 19h e 6h, não pode utilizar as redes sociais nem se aproximar de embaixadas, pois havia suspeitas de que poderia se refugiar no território de outro País para fugir das eventuais penas que possa sofre na ação penal do golpe.

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