Apuração Eleições 2024 Legislativo Judiciário Executivo

Após impasse por decisão estadual, André Figueiredo acompanha Cid Gomes em nova reunião do diretório

Novamente, a pauta do encontro não foi divulgada, mas existe a expectativa de que se discuta a adesão oficial à base do Governo do Estado

Escrito por Igor Cavalcante, Ingrid Campos ,
André Figueiredo, Cid Gomes, PDT
Legenda: Com os dois dirigentes do PDT, A reunião também ocorre em meio a racha interno no partido.
Foto: Kid Júnior

A reunião do diretório cearense do PDT, na tarde desta sexta-feira (29), conta com a presença do dirigente nacional do partido, André Figueiredo, após embates com o titular do diretório estadual, Cid Gomes, pela desfiliação de Evandro Leitão. Este é o primeiro encontro desde a concessão da carta de anuência ao presidente da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) para a saída do partido.

Novamente, a pauta do encontro não foi divulgada. Contudo, conforme apurou o Diário do Nordeste, o diretório pode discutir a oficialização do apoio dos parlamentares da sigla ao governador Elmano de Freitas (PT).

Veja também

Hoje, o PDT adota uma postura oficial de independência em relação ao Governo do Estado. Mas a bancada da legenda na Alece já é composta, em grande parte, por membros da base. Exemplo disso é o líder de Elmano, o deputado Romeu Aldigueri, que é pedetista.

Problemas internos

A reunião desta sexta também ocorre em meio a racha interno vivido pelo PDT. Das eleições de 2022 até o momento, o partido já passou por alguns episódios de tensionamento entre filiados, sendo a desfiliação de Evandro Leitão o mais recente. 

No fim de agosto, o diretório estadual deu a anuência para o deputado deixar a sigla sem perder o mandato, abrindo caminho para novos vínculos do presidente da Alece com o bloco governista. Há possibilidade que ele seja rival do ex-correligionário José Sarto, prefeito de Fortaleza que pretende tentar a reeleição, pelo PT ou PSB. 

O destino de Evandro, contudo, ainda é incerto, já que diretório nacional do PDT, sob André Figueiredo, questiona a anuência. A queda de braço, inclusive, já foi parar na Justiça e rendeu troca de farpas públicas.

Evandro alega que sofreu “grave discriminação política e perseguição pessoal” por parte dos dirigentes do PDT Ceará nas eleições do ano passado, que teriam deixado de fazer repasses financeiros para a sua campanha, mesmo sendo um dos quadros do partido com maior potencial de voto.

Figueiredo nega as acusações e aponta que a “nenhum parlamentar, seja federal ou estadual, foi deixado de oferecer recursos do Fundo Eleitoral em 2022, dentro das normas estabelecidas em Resolução Nacional”.

Este conteúdo é útil para você?
Assuntos Relacionados