O Partido Republicano da Ordem Social (Pros) anunciou, nesta quarta-feira (3), um recuo da decisão de apoiar a candidatura de Capitão Wagner (União) ao Governo do Ceará. Nacionalmente, a sigla passa por instabilidades, com uma disputa jurídica em torno da presidência nacional da legenda.
Na última segunda-feira (1º), o ministro Jorge Mussi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), acatou liminar para devolver a presidência do Pros a Eurípedes Júnior, retirando o cargo de Marcus Vinícius de Holanda. A mudança na cúpula também alterou os rumos da sigla para o pleito deste ano.
No Ceará, também houve mudança no comando da sigla, que passou de Adilson Pinho para Otoni Lopes de Oliveira Neto, sobrinho do ex-senador Eunício Oliveira (MDB). "Iremos apoiar a candidatura de Camilo e Elmano", disse Oliveira.
"Diante do novo cenário eleitoral no Ceará, com o recente lançamento de uma candidatura que representa a continuidade do grande trabalho realizado pelo governador Camilo Santana e pela governadora Izolda Cela, o Pros anuncia sua decisão de seguir as candidaturas de Elmano para governador, Camilo Santana para o Senado e Lula para Presidência"
Em entrevista ao Diário do Nordeste, o ex-presidente da sigla no Estado disse que a decisão está sujeita a novos recuos, caso a liminar que sustenta o presidente nacional da sigla seja derrubada. "Estamos tentando (reverter) em Brasília, o que eu confirmar agora pode mudar a qualquer momento", disse.
Também na última segunda-feira (1º), o Solidariedade recuou do apoio a Wagner. A decisão, segundo a sigla, foi tomada após o rompimento entre PT e PDT, com os petistas lançando canditura própria no Ceará.
Nacionalmente, o Solidariedade apoia a candidatura do ex-presidente Lula (PT). Agora, a sigla também apoiará o nome do PT para o Governo do Ceará, o deputado estadual Elmano de Freitas (PT).
As campanhas de Capitão Wagner e Elmano de Freitas foram procuradas pela reportagem, mas não responderam.