Pesquisa mostra que 'casa própria' ainda é sonho entre os jovens

Uma pesquisa realizada pela rede social profissional LinkedIn revela que cerca de 80% dos profissionais no Brasil, com idade entre 25 e 33 anos, afirmam enfrentar a crise dos 25. Os resultados divulgados nesta quarta-feira (28) apontam que as principais preocupações destes profissionais são a compra da casa própria, a procura de um emprego pelo qual se apaixone, a obtenção das qualificações certas e as dívidas.

De acordo com a pesquisa, a crise dos 25 é o primeiro momento de dúvida, em que que se acumulam as pressões sociais com relação ao trabalho e à vida pessoal e o profissional tende a fazer uma reavaliação de suas escolhas.

Dentre as principais preocupações dos profissionais brasileiros, da faixa etária entre 25 e 33 anos, está a compra da casa própria, sendo este o principal objetivo para 67% dos trabalhadores. 

Na sequência dos motivos que aumentam a ansiedade destes profissionais estão encontrar um emprego pelo qual se apaixone (46%), ter as qualificações certas (39%), contrair dívidas (37%) e receber uma promoção (35%).

“É muito comum as pessoas dessa idade estarem em crise, porque as primeiras escolhas podem determinar o planejamento de vida, o que ajuda aumentar a ansiedade. O importante é ter em mente que decisões podem ser revistas ao longo do tempo e há sempre a possibilidade de ter pessoas (mentores) que possam aconselhar e compartilhar suas experiências”, comenta Alexandre Ullmann, Diretor de Recursos Humanos do LinkedIn para a América Latina.

A pesquisa ainda mostra que a idade em que os brasileiros se sentem mais pressionados sobre suas escolhas é entre 32 e 33 anos e 75% dos entrevistados diz que a pressão afeta seus relacionamentos, sua carreira e sua situação financeira.

Diferenças regionais

Apesar do percentual de profissionais que afirmam ter passado pela crise dos 25 anos ser de 80% no país, os números variam de acordo com as regiões. No Sudeste, 84% afirmam se sentir ansiosos, enquanto no Nordeste esse número cai para 77%, seguido pela região Centro-oeste (76%), Norte (71%) e Sul (70%).