Restaurar piso é boa opção

Escrito por Redação ,
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Para quem procura economia, a opção mais barata na hora de escolher o piso é a cerâmica

Na hora de administrar o dinheiro reservado para a reforma -— que costuma encurtar ao longo da obra — alguns cuidados podem ser úteis, quando se trata de melhorar a aparência do piso. Orientações precisas já no momento da compra e da instalação do material ou uma pesquisa realizada antes do início da obra podem garantir uma vida útil maior para o piso, bem como para os serviços de manutenção e restauro, que tendem a se espaçar.

Quem tiver mármore em casa, por exemplo, pode economizar optando pela restauração ao invés da troca do piso. A diferença de preços compensa. Enquanto o preço médio para 40m² do mármore mais barato sai por aproximadamente R$ 3.800,00, a restauração custa cerca de R$ 400, e para uma área de até 100m².

´O preço é muito diferente, e o resultado no mármore fica muito bom´, garante Francisca Oliveira, gerente da JH Mármores e Granitos. Ela afirma que o restauro pode ser feito em praticamente todos os casos em que houver desgaste do piso. O pedido deve ser feito com pelo menos 15 dias de antecedência, e a obra, dependendo da área a ser melhorada, dura cerca de quatro dias. No caso do granito, que tem bem mais durabilidade que o mármore, a recomendação da gerente é pela troca da área desgastada. ´O resultado [da restauração] pode não compensar, já que o granito pode ficar mais áspero depois de lixado´.

Ação do tempo

No ramo de restauração de pisos há quase 15 anos, Romero Augusto Pereira, proprietário da Vitória Serviços e Sistemas, afirma que já existem técnicas mais apropriadas para a restauração do granito. O problema, segundo ele, é o preço. ´O trabalho que nós fazemos hoje é paliativo, de limpeza e tratamento. Existem empresas que fazem raspagem e cristalização, mas o preço pode chegar a R$ 50, por metro quadrado e a demanda é muito pequena´, analisa.

Para dar uma idéia da disparidade no valor, o empresário lembra que, para o serviço de restauração de mármore, granito, piso industrial e paviflex, o custo é de R$ 4 por m².

Apesar de serem mais resistentes que a madeira, os pisos de mármore e granito também sofrem com a ação do tempo, do peso e do movimento de pessoas. ´Quanto maior for o movimento, menor vai ser a vida útil do piso. E a incidência de sol, se for contínua, também pode causar desgaste´, explica Francisca Oliveira.

No caso do granito, a vida útil pode ser até 70% superior à do mármore, segundo informa o proprietário da Reformagran, Miguel Pinheiro. ´É claro que tudo depende do cuidado que a pessoa vai ter com aquele piso, mas o mármore é mais poroso que o granito, e por isso absorve uma quantidade maior de resíduos´, esclarece.

Para manter o piso pelo maior tempo possível — o que pode significar um período superior a duas décadas — , Miguel Pinheiro recomenda que não seja utilizado produto químico algum. ´O ideal é fazer a limpeza apenas com um pano úmido´, orienta.

Baixo custo

Para quem procura economia, a opção mais barata na hora de escolher o piso é a cerâmica, que se popularizou também por conta da facilidade na hora de substituir uma parte ou mesmo toda a área. Mas para garantir que não vai ter dor de cabeça, o consumidor precisa adquirir uma quantidade extra da cerâmica preferida, já no momento da compra de, pelo menos, 10% do total necessário para a instalação. Isso evita que mais tarde ele não encontre o produto da mesma marca ou mesma cor do original.

´Na verdade, a maioria dos clientes já chega sabendo que precisa levar um pouco mais do material, para o caso de ser necessária alguma substituição´, afirma Liliane Alves, proprietária da Center Pisos.

Manutenção

Como a cerâmica pode ser substituída sem grandes transtornos, a orientação principal para o consumidor diz respeito à conservação do piso. ´É importante que as pessoas não usem produtos químicos como água sanitária na limpeza da cerâmica, já que o local pode ficar manchado ou corroído´, alerta Liliane Alves. Segundo ela, o mais indicado é utilizar produtos próprios para a limpeza de pisos, como desinfetantes e outras fórmulas específicas para este fim.

SOFISTICAÇÃO
Madeira exige manutenção melhor

O piso de madeira, que pode assustar por conta não só do preço, mas também dos receios quanto ao uso e instalação, continua despertando interesse de quem procura sofisticação e originalidade. Os cuidados com manutenção, no entanto, precisam ser redobrados. ´Na hora da instalação, o local não pode ter nenhuma infiltração ou vazamento de água´, orienta o vendedor da Decoráfio, Genilson Santos.

Ele explica que a madeira chama a atenção dos clientes que procuram agregar valor à obra, já que o material valoriza o ambiente. ´O piso de madeira é mais trabalhado, porque exige a instalação de muitos acessórios, como um piso de encaixe e o rodapé. Por isso o trabalho de instalação costuma exigir um cuidado e uma preparação maiores´.

Outra recomendação, de acordo com Genilson Santos, é que quem optar pelo piso de madeira faça a instalação em ambientes onde o fluxo de pessoas não seja intenso. ´A principal recomendação para o piso de madeira é o uso residencial, em quartos e salas, mas também é possível a utilização em áreas comerciais, como escritórios´, conta Santos.

Segundo ele, 40m² de um piso de marca mais popularizada sai por R$ 2.796,00. ´A garantia depende do local onde o material foi instalado, mas tem uma média de cinco anos´. Para garantir uma durabilidade maior, é importante que os pés dos móveis sejam revestidos com feltro ou outro tipo de material que impeça o contato da superfície pontuda com o piso.

Para quem precisa apenas de manutenção ou reparo, o custo é bem menor, apesar de também ser alto se comparado ao de outros materiais. De acordo com o proprietário da Vitória Serviços e Sistemas, Romero Augusto Pereira, o custo da recuperação de um piso de madeira sai por R$ 10 o m². O prazo para entrega também é maior, e o trabalho que inclui lavagem, aplicação de selador e de cera acrílicos leva três dias para ficar pronto. Apesar do custo e da demora (a manutenção em outros tipos de piso costuma durar apenas um dia), Romero Pereira afirma que a demanda é permanente e o serviço compensa.

Katharine Magalhães
Especial para Economia

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