Novo fundo de investimento do BNB começa a operar em junho com R$ 4 bilhões

Segundo o presidente do BNB, José Gomes da Costa, o novo programa complementará os recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE)

Escrito por Bruna Damasceno ,
fachada do BNB
Legenda: A nova iniciativa do BNB focada em educação deverá ser lançada em um evento em Fortaleza nas próximas semanas
Foto: Arquivo/Diário do Nordeste

As operações do Fundo de Investimentos em Energia Renovável, um novo programa de crédito do Banco do Nordeste do Brasil (BNBR3) em parceria com a gestora de patrimônio privado Vinci Partners (VINP), começam a partir de junho deste ano, com aporte inicial previsto de R$ 4 bilhões.

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A informação é do presidente da entidade, José Gomes da Costa, durante encontro com empresários, nessa segunda-feira (11), na sede da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), em Fortaleza.

Em março deste ano, o Diário do Nordeste deu em primeira mão a informação de que o instrumento financeiro era desenhado. 

As taxas do novo fundo, contudo, ainda não foram divulgadas. José Gomes garante que, embora não sejam os mesmos percentuais do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), as taxas serão competitivas.

“Dos R$ 26 bilhões do orçamento geral do FNE, geralmente, são destinados R$ 8 bilhões para infraestrutura, mas a nossa demanda passa dos R$ 14 bilhões”, inicia.

“Com esse novo fundo, esperamos ter R$ 2 bilhões do BNB mais R$ 2 bilhões da Vinci ainda esse ano”, diz, enfatizando que o objetivo é complementar os recursos do FNE para infraestrutura do setor de energia renovável. 

Parceria com BNDES e mercado de capitais

O BNB também articula com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) para somar a estas duas fontes de recursos. Por exemplo, o empreendedor que precisa de R$ 1 bilhão, terá R$ 300 milhões do FNE (limite estabelecido do programa) somados aos R$ 200 milhões do novo fundo, totalizando R$ 500 milhões, segundo José Gomes. 

O BNB repassaria o interesse em crédito adicional para o BNDES fazer a análise e a consulta para a aprovação de outro montante via linha própria para uma contratação conjunta. O restante sairia do bolso do empresário. 

O plano também é atrair investidores institucionais. “Por exemplo, uma gestora de recursos que tem pessoas que buscam rentabilidade maior que a do Certificado de Depósito Interbancário (CDI), que queremos aportar em coisa segura, em vez de comprar títulos, compra papéis desse fundo”, projeta.

“Ao entrarem no fundo, o bolo vai crescendo para emprestar para mais pessoas e com a segurança que tem o BNB para assegurar retorno maior para esse investidor”, avalia. 

BNB permite cobrança de juros pré-fixados a partir de maio 

O presidente do BNB, José Gomes da Costa, e o superintendente estadual do BNB do Ceará, Lívio Tonyatt Barreto da Silva, também apresentaram aos lojistas cearenses as medidas financeiras para o setor em 2021, além das novas ações para 2022.

Dentre elas, a troca de modelo de cobrança de juros pós-fixados por pré-fixados para empreendedores com empréstimos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) a partir de 2018. A alteração poderá ser feita a partir de 2 de maio deste ano. 

O presidente da CDL, Assis Cavalcante, disse que a novidade atende às demandas do setor. “É bom porque o pequeno empreendedor fica inseguro quando começa a pagar uma mensalidade e ela vai subindo todos os meses. Não há muita compreensão e gera insegurança”, avalia. 

“Essa medida não traz perdas nem para o tomador nem para o banco e gera mais confiança em todos nós”, frisa. 

Outra medida é a oferta de até 95% de descontos para quitar dívidas vencidas há mais de dois anos ou, ainda, a possibilidade de prorrogar prazos de pagamento. São beneficiados produtores rurais, industriais, comerciais e de serviços.

 

 

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