O Banco do Nordeste deverá lançar ainda no primeiro semestre deste ano um novo fundo de empréstimos focados nas áreas de infraestrutura e energias renováveis para complementar os recursos financiados pelo Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) ao negócios nestes segmentos. A informação foi confirmada pelo presidente do BNB, José Gomes da Costa, que espera iniciar as operações até o final de abril.
A iniciativa funcionará com recursos internos do Banco e do parceiro no projeto, a Vinci Partners, uma gestora privada de fundos de investimento. Segundo Gomes da Costa o projeto foi idealizado para tentar dar suporte ao FNE, que tem a verba limitada pela atividade econômica do País, estando atrelado a arrecadação de impostos.
A confirmação foi feita durante entrevista exclusiva ao Sistema Verdes Mares.
O orçamento do FNE é dado pela arrecadação e tivemos uma diminuída dos recursos com a pandemia, porque dar algumas paradas para dar aos agentes um suporte para eles passarem bem pela pandemia, sem desempregar as pessoas"
"E como o orçamento é limitado, o banco tem de buscar alternativas, e a primeira iniciativa que temos, e fizemos em casa, é a criação de um fundo de infraestrutura e energias renováveis em parceria com a Vinci Partners e a gente espera colocar esse fundo ainda nesse semestre, com um aporte inicial de recursos do BNB, que já está preparado para fazer isso", completou o presidente do BNB.
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Inicialmente, o novo fundo de investimentos deverá contar com R$ 2,5 bilhões e estará disponibilizando empréstimos na faixa entre R$ 100 milhões a R$ 300 milhões para cada empresa. Esses recursos deverão complementar o limite com o qual o Banco vem atuando pelo FNE para empresas de infraestrutura e energias renováveis, que também é de R$ 300 milhões, segundo o Gomes da Costa.
"É um fundo para empréstimo direto, e se o Banco entra com R$ 8 bilhões pelo FNE por ano, esse fundo deve trazer nesse primeiro ano algo em torno de R$ 2,5 bilhões. É pouco? É. Mas vamos buscar mais parcerias ou outros investidores para colocar recursos no fundo, porque é algo rentável", disse.
"É uma boa oportunidade porque ele propicia retornos que são dados acima de fundos de CDB e algumas coisas atreladas a CDI", explicou.
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A iniciativa vem para complementar a intenção do Banco do Nordeste em expandir o volume de recursos disponíveis para financiamento. Nessa perspectiva, o BNB já tem na agenda uma reunião com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para formalização de uma parceria para complementação de financiamentos.
"Queremos estreitar relações com o BNDES, que é um banco irmão que também opera recursos públicos. As parcerias com bancos privados são bem-vindas, mas eles não têm a disponibilidade de recursos que têm os bancos públicos e isso pode encarecer a operação para o tomador de crédito", afirmou.
Sobre a entrada de novos parceiros para realização de aportes no novo fundo, ou disponibilização dele ao mercado de investimentos, o presidente do BNB afirmou apenas que as condições para entrada de novos participantes ainda será definida no futuro.
A operação, contudo, será discutida conjuntamente com a Vinci Partners, atual parceira no projeto.
A gente já tem carteira para atender mercados grandes, mas pelos recursos do FNE temos um limite de R$ 300 milhões por grupo
"Nada impede que no futuro, se for de interesse do Banco e da Vinci parceiros, nós busquemos novos parceiros, mas as regras serão definidas posteriormente", garantiu.