Lula fala sobre o mercado de bets no Brasil: 'Se regulação não der conta, eu acabo'
Presidente citou regulamentação proposta pelo Ministério da Fazenda
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a falar sobre as apostas esportivas no Brasil durante entrevista nesta quinta-feira (17). Segundo ele, caso a regulamentação estipulada pelo governo para as empresas de apostas, conhecidas como 'bets', não dê os resultados esperados, a proibição desses serviços no país pode estar cada vez mais próxima.
"Nós vamos ver se a regulação dá conta. Se a regulação der conta, está resolvido o problema. Se não der conta, eu acabo", prometeu Lula em declaração à rádio Metrópole, de Salvador, na Bahia. Em outras ocasiões, o chefe do executivo chegou a citar a preocupação com os brasileiros que têm lidado com o vício em apostas.
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"Ficar bem claro. Você não tem controle do povo mais humilde, de criança com celular na mão fazendo aposta. Nós não queremos isso", completou ele logo após citar que a regulamentação foi escolhida antes de seguir para um passo mais rígido.
Regulamentação do governo
A proposta de regulamentação do governo, que vinha em processo desde o ano passado, começou a ser discutida diante do crescimento dos gastos dos brasileiros com apostas esportivas.
Segundo levantamento do Banco Central, cerca de R$ 20 bilhões por mês foram gastos por brasileiros nos primeiros oito meses de 2024. As regras, agora, criadas pelo Ministério da Fazenda, chegam a proibir o uso de cartões de crédito e dos cartões do Bolsa Família nos cadastros.
O início da regulamentação já resultou no bloqueio de mais de 2 mil sites. As informações do Ministério da Fazenda apontam que o bloqueio foi realizado porque as empresas não teriam buscado iniciar o processo de cadastro e regularização proposto pela pasta.
A primeira lista do ministério aponta que 98 empresas com 215 bets estão aptas a operar no Brasil até dezembro. Enquanto isso, as listas dos estados têm 26 empresas autorizadas a operar por cumprirem regras da portaria do Ministério da Fazenda.