Prazo para sacar dinheiro de bets irregulares termina nesta quinta (10); veja como fazer

A partir desta sexta-feira (11), plataformas irregulares serão derrubadas

Escrito por Diário do Nordeste/Agência Brasil ,
pessoa acessando plataforma de apostas em celular
Legenda: Para sacar o dinheiro, o apostador deverá fazer login no aplicativo ou no site da aposta
Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

Os apostadores com dinheiro depositado em bets (empresas de apostas eletrônicas) irregulares têm até esta quinta-feira (10) para resgatar os valores. A partir desta sexta-feira (11), a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) derrubará o acesso a páginas que não pediram autorização ao Ministério da Fazenda para operarem no Brasil.

A lista de bets autorizadas a operar no Brasil até dezembro deste ano foi atualizada pelo Ministério na noite de terça-feira (8). Ao todo, 96 empresas, com 213 bets, já receberam autorização. Com a divulgação, o usuário deverá consultar a lista para ver se o site ou a empresa está nela. Caso não esteja, o dinheiro está depositado em um site irregular e deverá ser retirado para não provocar prejuízo ao apostador.

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Como resgatar os valores

Para sacar o dinheiro, o apostador deverá fazer login no aplicativo ou no site da aposta. Nesse caso, deverá clicar na área em que aparece o saldo e clicar na opção de saque. Em seguida, é necessário confirmar o valor a ser retirado, no caso o saldo total, e informar a conta bancária para onde o dinheiro será enviado.

O usuário terá a opção de receber o dinheiro via Pix ou por transferência eletrônica disponível (TED). O repasse por Pix é mais vantajoso por ser instantâneo e funcionar 24 horas, enquanto as transferências só podem ser feitas em dias úteis e não são executadas à noite e em fins de semana.

Caso o usuário peça a retirada e não receba o dinheiro, deve acionar o suporte do aplicativo, antes do banimento definitivo do País. Se o saldo não for depositado, a primeira opção é registrar queixa em um órgão de defesa do consumidor, como o Procon.

Fraudes

Se não houver resposta, aumentam as chances de o apostador ter sido vítima de fraude. Nesse caso, o processo passa para a esfera criminal. O usuário deverá registrar ocorrência policial e procurar o Ministério Público, que pode identificar pedidos de ressarcimento para um mesmo site e registrar uma ação judicial coletiva.

Mesmo recorrendo à Justiça, o apostador precisa ficar atento ao fato de a maioria das bets ser estrangeira e não ter representantes legais no Brasil. Isso dificulta a responsabilização da empresa e a punição. De qualquer forma, o conselho é acionar a polícia e a Justiça o mais rápido possível para evitar que as acusações percam a validade e o processo prescreva.

A derrubada dos portais ficará a cargo da Anatel. Segundo a divulgação promovida pelo ministério, serão banidas as empresas que não receberam ou não pediram autorização para continuar atuando no País.

Fiscalização severa

Com a divulgação da lista de empresas autorizadas a operar no País, a Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA) do Ministério da Fazenda será a responsável por fiscalizar a sequência das atividades em coordenação com a Anatel, o Banco Central e o Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Vale salientar que a lista não é definitiva, considerando que as empresas que ficaram de fora podem pedir autorização ao Ministério da Fazenda para operar. Entretanto, devem esperar um prazo de até 150 dias para um retorno sobre a liberação definitiva, o que pode acontecer só em 2025.

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