Lojistas estudam adiar Dia das Mães para julho
A medida busca garantir parte das vendas da segunda principal data do varejo brasileiro
Faltando pouco menos de um mês para o Dia das Mães e sem perspectivas para a reabertura do comércio em diversas cidades brasileiras, a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) está avaliando a possibilidade de adiar a data para julho, possivelmente para o dia 12, segundo domingo do mês.
A entidade informou que irá fazer uma pesquisa com membros do Sistema CNDL para saber do interesse dos empresários em aderir à ideia e mudar a data, que é o segundo maior evento comemorativo do varejo nacional em volume de vendas, atrás apenas do Natal.
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“Nos próximos dias, caso a pesquisa aponte que a maioria dos entrevistados apoia o adiamento, a CNDL deverá fazer uma campanha nacional e buscar junto ao poder público apoio para a mudança, principalmente nos estados e municípios”, informou a entidade em nota.
Sugestão cearense
A sugestão para o adiamento partiu do presidente da Federação de Câmaras de Dirigentes Lojistas do Ceará (FCDL-CE), Freitas Cordeiro, como uma maneira de não perder totalmente as vendas desse período. “Dessa forma, nós não perderíamos o Dia dos Namorados (12 de junho) e daria uma oportunidade de as empresas se prepararem para o Dia das Mães, que é a segunda data do varejo”, diz Cordeiro.
O presidente da FCDL-CE diz, no entanto, que o sucesso do adiamento dependerá do esforço conjunto das federações com a confederação. “Pessoas de outros estados estão cobrando isso. Agora, vamos ver se a confederação irá abraçar a ideia, porque entendo que deveria ser um movimento nacional”, diz.
2019
No ano passado, uma pesquisa realizada pela CNDL e SPC Brasil apontou um movimento de aproximadamente 24 bilhões de reais no varejo nacional devido ao Dia das Mães, com 78% dos consumidores afirmando a disposição de às compras. Os principais itens vendidos no período são dos segmentos de roupas, calçados e acessórios.