Helicópteros: protocolo para fábrica no Ceará é assinado

A Citasa ainda solicitará licença ambiental à Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb)

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Legenda: A unidade deve produzir entre 600 e 800 aeronaves por ano. A Prefeitura de São Gonçalo do Amarante cedeu à empresa um terreno de 30 hectares
Foto: Foto: Fábio Lima

O Governo do Estado aprovou, na última quarta-feira (31), o protocolo de intenções da Companhia Interamericana de Tecnologia Aeroespacial (Citasa), que pretende instalar uma fábrica de montagem e manutenção de helicópteros em São Gonçalo do Amarante. A empresa poderá ter até 99% de diferimento de ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços), conforme determinado na legislação do Fundo de Desenvolvimento Industrial (FDI).

A intenção da empresa em instalar o empreendimento no Estado já havia sido anunciada desde o início de 2014, quando assinou um protocolo semelhante com o município, mas andou, desde então, a passos lentos.

Capacidade

O investimento previsto é de R$ 520 milhões, para uma unidade com capacidade de produção de 600 a 800 aeronaves por ano, que deverá gerar 900 empregos. De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico de São Gonçalo do Amarante, Victor Samuel, a prefeitura municipal já cedeu à empresa um terreno de 30 hectares para a implantação da fábrica. "É um projeto grande e estamos aguardando as definições deles (da empresa). Eles estão fazendo uma reformulação societária e nos pediram paciência para retomar os avanços do projeto. Esperamos que, entre o fim deste mês e o início de fevereiro, eles já tenham resolvido isso", informa o secretário.

Em relação ao licenciamento ambiental do empreendimento, Samuel disse que a empresa dará entrada na solicitação na Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb). "O pedido será analisado pelos técnicos. Se estiver dentro do escopo do órgão municipal, que é o que acredito, por ser uma fábrica sem chaminés e que, creio, sem maiores impactos ambientais, o licenciamento sairá pelo Município. Se não, será encaminhado à Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace)", explica o gestor.

Possível sócia

A Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado (Adece) não deu mais detalhes sobre o empreendimento, nem falou sobre a possibilidade, já antes cogitada, de entrar como sócia no empreendimento.

Balanço

Com a Citasa, o Conselho de Desenvolvimento Econômico do Estado (Cede) informou que o Estado firmou 69 protocolos de intenção no ano de 2014, somando R$ 3 bilhões em possíveis investimentos. A última reunião do Conselho Estadual de Desenvolvimento Industrial (Cedin) foi realizada no último dia 31, na qual foram aprovados pelo colegiado 32 protocolos de intenção, incluindo o da Citasa.

Estes somaram R$ 1,3 bilhão em investimentos por parte da iniciativa privada, com geração projetada de quatro mil empregos diretos.

Outros segmentos

Além da fábrica de aeronaves, o Cedin aprovou pleitos nos setores de geração de energia eólica, produção de minérios, fabricação de produtos têxteis, fabricação de móveis e de pré-moldados de concreto. Para o titular do Cede, Gotardo Gurgel, o resultado foi positivo.

"Tivemos um ano com muitas concretizações. Somente no segundo semestre, foram seis encontros do Cedin para avaliar pleitos do setor industrial. O governo fomentou o desenvolvimento de setores estratégicos para geração de novos negócios, principalmente no interior", destaca Gurgel.

Sérgio de Sousa
Repórter

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