Haddad nega que Pix foi menos usado após aplicação de novas regras e reforça combate 'duro' a fake news
Levantamento feito pelo jornal O Globo havia informado uma queda no número de transações Pix no Brasil nos primeiros dias de janeiro
O ministro da Fazenda Fernando Haddad negou, nesta quarta-feira (15), que o Pix foi menos utilizado após a aplicação das novas regras impostas pela Receita Federal. O titular da pasta argumentou que as transações com a ferramenta costumam cair em janeiro por uma questão de sazonalidade, na comparação com dezembro.
"Estou fazendo monitoramento me baseando em dados do Banco Central", disse Haddad.
O esclarecimento de Haddad é uma possível resposta ao levantamento feito pelo jornal O Globo, que informou uma queda no número de transações Pix no Brasil nos primeiros dias de janeiro. Segundo apuração do portal, considerando os dias 4 a 10 deste mês, a quantidade de operações somou 1,250 bilhão, uma baixa de 10,9% ante o mesmo período de dezembro. O estudo foi realizado com base em dados do Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI) do Banco Central (BC).
Conforme análise do jornal, é provável que a queda tenha relação com a forte repercussão gerada a partir da publicação da Instrução Normativa da Receita Federal, no início de janeiro deste ano.
Anteriormente, o maior recuo desse método de pagamento havia sido em janeiro de 2022, quando houve 7,5% menos transações na comparação com o mês anterior.
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Combate a fake news
Fernando Haddad afirmou ainda que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, encomendou com muita ênfase um combate "duro" sobre as falsas notícias que circulam em torno do Pix, com mentiras como a que o governo passaria a taxar as transações feitas com a ferramenta.
Segundo Haddad, a Advocacia-Geral da União (AGU) já está envolvida nos debates para tomar providências cabíveis, inclusive criminais se necessário, contra quem está propagando notícias falsas e até mesmo aplicando golpes com base em informações incorretas.
"Há golpes sendo dados no comércio de uma pessoa querer pagar em Pix e se cobrar mais do que quem está pagando em dinheiro, por exemplo", citou.
O ministro reforçou que o fortalecimento do sistema financeiro "está sempre na agenda" do governo.
"Você fortalecer os instrumentos, o crédito, fortalecer a confiança no sistema bancário, isso é a rotina. Mas o combate à fake news e o combate duro, aqueles que estão se valendo da fake news, patrocinar golpes no comércio junto a consumidores e cidadãos, isso foi encomendado com muita ênfase pelo presidente", disse.