Cooperação entre UFC e Fiec deve ampliar financiamento de pesquisas

De acordo com o reitor Cândido Albuquerque, 80% a 90% das pesquisas financiadas na UFC hoje recebem aportes da iniciativa privada ou governo. Academia fechou ontem (15) acordo de cooperação técnica com a Fiec

Escrito por Redação , negocios@svm.com.br
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Em um prazo de até dois anos, 100% das pesquisas desenvolvidas dentro da Universidade Federal do Ceará (UFC) que são financiadas devem receber aportes do Estado ou da iniciativa privada, de acordo com o reitor Cândido Albuquerque. Ele participou ontem (15) da assinatura do Termo de Cooperação Técnica entre a Federação da Indústria do Estado do Ceará (Fiec) e a UFC.

"Hoje, 80% ou 90% da nossa pesquisa (custeada) é financiada pela iniciativa privada ou pelo governo. Com essa parceria, a meta é que chegue a 100%. Deve haver um envolvimento entre universidade, setor produtivo, governo e Fiec. É preciso um interesse conjugado", disse Cândido. O restante é com recursos próprios, segundo a UFC.

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"Acredito que em um ano ou dois chegaremos a 100%, porque já estamos bem avançados. Agora é mais uma questão formal e as coisas irem se acomodando". A cooperação entre Fiec e UFC permite o desenvolvimento de pesquisas e projetos com soluções para aprimoramento das indústrias do Ceará e soluções para a sociedade.

Com o acordo, haverá compartilhamento de espaços entre UFC e Fiec e de conhecimento técnico, desenvolvimento de ações conjuntas de ensino, pesquisa, extensão e desenvolvimento institucional, científico e tecnológico. A iniciativa também pretende incentivar o empreendedorismo inovador.

"A Fiec terá um espaço dentro da UFC para que os setores produtivos do Estado possam melhor conhecer o nosso parque. Nós temos um parque de laboratórios e estamos fazendo mais quatro que são fundamentais para que nossos empresários possam empreender e inovar", pontua o reitor. "Isso significa aumentar a nossa capacidade e criar um ambiente de inovação no Ceará com essa união".

O reitor da UFC citou como exemplo o capacete Elmo, aparato desenvolvido durante a pandemia para evitar a intubação de pacientes com coronavírus.

A concepção, testagem e produção do Elmo estão sendo possíveis em virtude de uma força-tarefa feita por entidades públicas e privadas do Ceará, a exemplo da Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP), Fiec, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai/CE), UFC e Universidade de Fortaleza (Unifor). A produção e a comercialização do equipamento ficaram a cargo da Esmaltec, empresa de eletrodomésticos pertencente ao Grupo Edson Queiroz.

Cândido Albuquerque pontuou que já está sendo desenvolvida uma segunda versão do capacete. "Ele será muito eficiente", disse. "É um equipamento que tem muito a progredir e que será absolutamente necessário passada a pandemia", ressalta.

Cooperação

O presidente da Fiec, Ricardo Cavalcante, reforçou que durante a pandemia, universidade e Fiec trabalharam juntas. "Nós estamos trabalhando em uma indústria 4.0, que precisa do conhecimento e ele está na universidade. Hoje, posso dizer que o maior case do Brasil é o Elmo. Primeiro projeto entre governo, setor produtivo e universidades", diz.

"Isso é o início. A universidade está nos conhecendo e nós estamos conhecendo a universidade. Tem equipamentos que podemos trabalhar para a universidade e a universidade trabalhar para nós. O empresário precisa muito do conhecimento para transformar seus produtos", diz Cavalcante.

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