Cesta básica de Fortaleza custa R$ 607,35 e segue a mais cara do Nordeste; tomate e café puxam alta

Em 12 meses, o custo da cesta subiu 13,96% na Capital

Escrito por Bruna Damasceno ,
Tomate no supermercado
Legenda: O tomate foi o vilão, com alta de mais de 75% em um ano
Foto: Renato Bezerra / SVM

O custo da cesta básica subiu 13,96% nos últimos 12 meses em Fortaleza. Se, em janeiro de 2021, chegava a R$ 532,97, em igual mês de 2022, o consumidor precisou desembolsar R$ 607,35. Os dados são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Ou seja, ficou R$ 74,38 mais caro comprar os produtos básicos. O tomate (75,47%) e o café (75,32%) pressionaram a alta. Somente três dos 12 itens tiveram queda: arroz (15,28%), banana (11,64%) e feijão (4,62%). 

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Com o custo mais elevado, o consumidor teve de trabalhar, pelo menos, quatro horas a mais, passando de 106h35 min para 110h15min trabalhadas para conseguir custear a alimentação, em 2022, na Capital. 

Planilha com números
Legenda: Veja as elevações em 12 meses
Foto: Dieese

A variação mensal foi de e 7,91%, passando de R$ 579, 06 para 607,35, em janeiro deste ano ante dezembro. 

O salário mínimo, contudo, não acompanhou as elevações. Segundo o Dieese, seriam necessários R$ 5.997,14 para uma família com quatro pessoas se alimentar, o que corresponde a 4,95 vezes o mínimo vigente, de R$ 1.212,0

Capitais com cestas mais caras 

Fortaleza figura como quarta capital brasileira com altas mais expressivas, atrás de Brasília (6,36%), Aracaju (6,23%), e João Pessoa (5,45%). São Paulo registrou o o maior custo (R$ 713,86), seguida por Florianópolis (R$ 695,59), Rio de Janeiro (R$ 692,83), Vitória (R$ 677,54) e Porto Alegre (R$ 673,00).

Dentre as cidades do Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é diferente das demais capitais, os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 507,82), João Pessoa (R$ 538,65) e Salvador (R$ 540,01).

A comparação do valor da cesta em 12 meses, ou seja, entre os preços de janeiro de 2022 e os de janeiro de 2021, mostrou que as maiores altas acumuladas ocorreram em Natal (21,25%), Recife (14,52%), João Pessoa (14,15%) e Campo Grande (14,08%).

As menores variações acumuladas foram registradas em Florianópolis (6,79%) e Belo Horizonte (6,85%). 

  1. São Paulo: R$ 713,86
  2. Florianópolis: R$ 695,59
  3. Rio de Janeiro: R$ 692,83
  4. Vitória: R$ 677,54
  5. Porto Alegre: R$ 673
  6. Brasília: R$ 661,09
  7. Campo Grande: R$ 660,11
  8. Curitiba: R$ 636,57
  9. Belo Horizonte: R$ 632,83
  10. Goiânia: R$ 624,91
  11. Fortaleza: R$ 607,35
  12. Belém: R$ 563,97
  13. Natal: R$ 551,06
  14. Recife: R$ 543,10
  15. Salvador: R$ 540,01
  16. João Pessoa: R$ 538,65
  17. Aracaju: R$ 507,82

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