Caixa retoma Lotex, conhecida como 'raspadinha', após autorização da Fazenda
A instituição financeira tem autorização para emitir os bilhetes, que podem ser físicos ou digitais, por dois anos
A Caixa Econômica Federal foi autorizada pelo Ministério da Fazenda a retomar a Loteria Instantânea Exclusiva (Lotex), conhecida como "raspadinha".
A decisão foi publicada no Diário Oficial da União nessa quinta-feira (28) e permite que a instituição financeira emita as "raspadinhas" por dois anos. Os bilhetes poderão ser físicos ou digitais.
No último mês de agosto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou um decreto que alterou a regulamentação da Lotex e permitiu que a Caixa retomasse a aposta. O texto indica que a arrecadação seja destinada da seguinte forma:
- 0,4% para a seguridade social;
- 0,9% para o Ministério do Esporte;
- 0,9% para o Fundo Nacional de Cultura;
- 1,5% para entidades esportivas que cederem direitos de uso de marcas para apostas;
- 13% para o Fundo Nacional de Segurança Pública;
- 18,3% para despesas de custo e manutenção;
- 65% para o pagamento de prêmios e recolhimento de imposto de renda.
Em abril, à GloboNews, o secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Barbosa Pinto, informou que a meta do Governo é de arrecadar R$ 3 bilhões anuais com a atividade.
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O que são as 'raspadinhas'?
Criadas na década de 1990, as "raspadinhas" eram bilhetes que poderiam ser comprados em lotéricas. Bastava o apostador raspar um campo ou mais para saber na mesma hora se tinha ganhado algum prêmio em dinheiro.
O jogo foi suspenso em 2015, conforme determinação do Ministério da Fazenda, para que fosse criada uma lei para redefinir seu modelo.
Durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), antecessor de Lula, foram feitas duas tentativas de passar o novo modelo — chamado "Loteria Instantânea" — para a iniciativa privada, mas não houve sucesso.