45% dos consumidores de Fortaleza pretendem ir às compras em abril

Adquirir televisão é o desejo da maioria, segundo pesquisa

Escrito por Levi de Freitas ,

A intenção de compra do fortalezense permanece em alta, segundo os números da Pesquisa Confiança e Intenção de Compra do Consumidor de Fortaleza, elaborada pelo Instituto de Proteção e Defesa dos Consumidores (IPDC) e divulgada nesta quinta-feira (11). Neste mês de abril, 45% dos consumidores entrevistados na pesquisa pretendem ir às compras, num crescimento de 1,6 ponto percentual em relação ao mês anterior. Em abril de 2012, a taxa era de apenas 33,4%.

Proximidade do dia das mães aumenta interesse em eletroeletrônicos. Foto: Thiago Gaspar 

A intenção de compra, que vinha estável, apresentou esse avanço impulsionada pelos eletroeletrônicos, de acordo com o economista Alex Araújo. "A intenção de compras permanece alta, principalmente por eletroeletrônicos, com destaque para a televisão", aponta.

O estudo do IPDC apresenta a televisão com 18,4% do desejo de compra dos fortalezenses em abril. O vestuário vem a seguir, com 13,2%. 72,2% dos fortalezense têm intenção de gastar até R$ 250 em compras, segundo o levantamento. Logo em seguida estão as compras acima de R$ 1000, com 14,6% das intenções.

Confiança do consumidor cai pelo segundo mês consecutivo

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) de Fortaleza registrou queda no mês de abril. Esse é o segundo mês consecutivo de decréscimo, de acordo com a pesquisa elaborada pelo IPDC.

Foram registrados 138,2 pontos - queda de 0,8 em relação a março, com uma variação negativa de 0,6%, segundo dados divulgados pelo Instituto. Esse é o menor patamar dos últimos 13 meses.

No mês de março, o ICC havia registrado 139 pontos - antes, em fevereiro, foram 144,6 pontos, o pico dos últimos 13 meses. A média no ano está em 140,6 pontos.

Para o economista Alex Araújo, o consumidor continua preocupado com a dinâmica do mercado de trabalho. Entretanto, Araújo ressalta que não há motivo para isso. "A confiança está em seu segundo mês em queda pela preocupação do consumidor com a dinâmica do mercado de trabalho, apesar de, olhando para as estatísticas, não haver motivos para que isso ocorra", defendeu.

Dia das mães deve impulsionar vendas

Na opinião do economista, a proximidade do Dia das Mães também justifica o contraste por ele percebido no estudo do IPDC. "Essa pesquisa traz duas informações principais: há uma ligação direta entre o nível de confiança e a disposição para gastar e a intenção do consumo. As duas informações trazem sinais conflitantes. Com a proximidade do Dia das Mães, percebe-se o interesse em geladeiras e máquinas de lavar", explanou.

Para os próximos meses, Araújo acredita na retomada da confiança por parte do consumidor da Capital. "É possível que o consumidor retome a confiança e eleve os números. Não vejo preocupações com o mercado de trabalho, e os inventivos do governo afetam o índice de confiança", destacou.

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