Onde o rapper P Diddy está detido? Prisão é conhecida como 'inferno na terra'
A unidade recebe suspeitos de crimes severos e é famosa pelas por condições bárbaras e insalubres
O rapper Diddy, preso neste mês sob acusação de tráfico sexual, associação criminosa e promoção da prostituição, está detido no Metropolitan Detention Center, o MDC Brooklyn, em Nova York, um dos presídios mais hostis dos Estados Unidos, conhecido como "inferno na terra". A unidade recebe suspeitos de crimes severos e é famosa pelas por condições "bárbaras e insalubres" com a superlotação.
A defesa do cantor solicitou a prisão domiciliar, alegando “condições inadequadas para prisão preventiva” no local, mas teve o pedido negado pela Justiça norte-americana.
Segundo informações da BBC News Brasil, o MDC Brooklyn foi inaugurado na década de 1990 e tem problemas denunciados há anos. Em 2019, um incêndio elétrico causou um apagão, deixando detentos na escuridão e no frio. Já em junho de 2020, o detento Jamel Floyd morreu após ser atingido com spray de pimenta lançado por agentes penitenciários da unidade prisional.
A família de Floyd processou o governo federal por sua morte. O Departamento de Justiça, no entanto, concluiu que havia "evidências insuficientes" de que as autoridades penitenciárias “se envolveram em má conduta administrativa”, mas admitiu a violação de regras pelo uso do spray de pimenta.
Outra caso foi registrado em julho deste ano, quando o preso Edwin Cordero, de 36 anos, morreu ao sofrer agressões durante uma briga no MDC.
Em entrevista à BBC News, Andrew Dalack, advogado de Cordero, denunciou que "as condições decrépitas são realmente alimentadas por este tipo de terrível combinação de circunstâncias”, além da "superlotação, falta de pessoal e falta de vontade política para corrigir as condições", afirmou.
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Representante de vários detentos no MDC, Dalack disse que a unidade é "um lugar realmente assustador para se estar". Drogas e outros contrabandos contribuem para o perigo das instalações.
O Departamento Federal de Prisões, que administra a instalação, informou em comunicado que “leva a sério nosso dever de proteger os indivíduos sob nossa custódia, bem como de manter a segurança dos funcionários correcionais e da comunidade”.
Prisão de Diddy
O rapper e empresário Sean Diddy Combs permanecerá preso enquanto aguarda julgamento por acusações de tráfico sexual, associação criminosa e promoção da prostituição. A decisão foi juiz Andrew Carter, que negou um recurso apresentado pela defesa, no último dia 18 de setembro.
A Corte Federal de Manhattan recusou um pedido de pagamento de fiança de US$ 50 milhões feita pela defesa do artista, para que ele pudesse responder às acusações em liberdade.
O rapper é alvo de várias ações civis que o caracterizam como um predador sexual violento, acusado de usar álcool e drogas para submeter suas vítimas. Suas residências foram alvo de buscas por agentes federais neste ano.
O artista nega veementemente todas as acusações contra ele. Embora não tenha grandes condenações, há muito tempo ele é alvo de alegações de agressão física, que remontam aos anos 1990.
No final do ano passado, as acusações aumentaram após a cantora Cassie, cujo nome verdadeiro é Casandra Ventura, alegar que Combs a submeteu a mais de uma década de coerção por meio de força física e drogas, além de um estupro em 2018.