Klara Castanho vence ação contra Antônia Fontenelle; indenização chega a R$ 50 mil
Apresentadora expôs história pessoal da artista
A atriz Klara Castanho obteve na Justiça uma indenização de R$ 50 mil da apresentadora Antonia Fontenelle, por danos morais. A artista entrou com queixa-crime por mentiras que Antonia inventou sobre ela.
A decisão da 2ª Vara Cível da Barra foi divulgada pelo colunista Ancelmo Gois, do O Globo, na noite desta sexta-feira (23).
Em junho de 2022, Antonia vazou uma história pessoal de Klara ao dizer, em uma transmissão ao vivo, que "uma atriz global de 21 anos teria engravidado e doado a criança para adoção". Os jornalistas Leo Dias e Matheus Baldi e a youtuber Dri Paz também expuseram a artista.
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Após a divulgação, Klara revelou que foi vítima de violência sexual e, apesar de ter tomado pílula do dia seguinte, o ato resultou em uma gestação indesejada. A criança fruto da violência foi doada para a adoção por ela - medida amparada por lei.
Klara chegou a pedir a retirada do vídeo de Antonia Fontenelle, mas o pedido foi negado pela Justiça do RJ. A decisão aponta que apagar as imagens significaria agir contra a liberdade de expressão.
Relembre o caso
Em junho do ano passado, Klara Castanho publicou carta aberta sobre o estupro que resultou na sua gravidez, compartilhando que não sabia sobre a gestação.
"Fui informada que eu gerava um feto no meu útero. Sim, eu estava quase no término da gestação quando eu soube. Foi um choque. Meu mundo caiu. Meu ciclo menstrual estava normal, meu corpo também. Eu não tinha ganhado peso e nem barriga", detalhou.
A atriz ainda sofreu violência médica depois a descoberta da gravidez. "Esse profissional me obrigou a ouvir o coração da criança, disse que 50% do DNA eram meus e que eu seria obrigada a amá-lo. Essa foi uma da série de violências que aconteceram comigo", disse.
Ela contou que decidiu entregar o bebê para adoção e, no dia do nascimento, uma enfermeira ameaçou vazar a informação para a imprensa.
O Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) arquivou, em janeiro, o processo de sindicância sobre o suposto vazamento de informações. Não foi constatada a participação de nenhum profissional de enfermagem, segundo o órgão.