IFFar abre investigação sobre ingresso por cota racial do ex-BBB Matteus Amaral

O gaúcho entrou para a faculdade de Engenharia Agrícola em 2014 após se declara "preto"

Escrito por Redação ,
Matteus faz selfie com o celular. Ele é um homem branco de barba bem feita e usa camisa também branca
Legenda: Matteus estudou engenharia agrícola em uma universidade no Rio Grande do Sul
Foto: Reprodução/Redes Sociais

O Instituto Federal Farroupilha (IFFar) abriu um processo administrativo interno para investigar o ingresso por cota racial do ex-BBB Matteus Amaral. O gaúcho entrou na faculdade de Engenharia Agrícola em 2014 após se autodeclarar preto. 

Em nota publicada no site do IFFar, a instituição declarou que na época "o único documento exigido para a inscrição de candidatos em vagas reservadas a pessoas negras (pretas, pardas) e indígenas era a autodeclaração". 

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O texto ainda diz que a apuração de fraudes era realizada a partir de denúncias recebidas pelos canais institucionais e que "nenhuma denúncia sobre o ingresso de Matteus Amaral Vargas foi recebida pelo IFFar". O ex-brother cursou até o quinto semestre de engenharia agrícola.

"Após tomar conhecimento do caso envolvendo o ex-estudante do IFFar Matteus Amaral Vargas pelos veículos de imprensa, a instituição determinou a abertura de processo administrativo interno, com objetivo de identificar as situações que envolvem a participação dele no Certame. Outras situações de mesma temática, que venham a ser apresentadas, terão o mesmo tratamento", diz a nota.

FRAUDE NO SISTEMA DE COTA RACIAL

O site Notícias da TV publicou um documento de classificação de candidatos em que o ex-bbb aparece na lista de aprovados no Instituto Federal Farroupilha via sistema de cotas raciais. Em ambas as listas de classificações da universidade, o Alegrete se declara "preto".

Na sexta-feira (14), Matteus se pronunciou sobre a acusação e disse que não sabia que havia fraudado o sistema de cotas raciais.

"A inscrição foi realizada por um terceiro, que cometeu um erro ao selecionar a modalidade de cota racial sem meu consentimento ou conhecimento prévio. Entendo a importância fundamental da política de cotas no Brasil. Por isso, lamento profundamente qualquer impressão de que eu teria buscado beneficiar-me indevidamente dessa política, o que nunca foi minha intenção", alegou o gaúcho.

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