Festival 'Girls To The Front' debate a representatividade feminina no rock

5° edição do evento coletivo acontece em Fortaleza na sexta-feira (19) e reúne bandas lideradas por garotas

Escrito por Redação ,
Legenda: Formação da Eskröta nos show de Fortaleza (5° Girls To The Front) e ABRIL PRO ROCK 2019
Foto: Lyrian Oliveira

Mesmo com os avanços nas questões de gênero, o cenário do rock ainda teima em ser um ambiente predominantemente masculino. O evento "Girls To The Front" diminui e discute essa lacuna ao reunir bandas com garotas na formação. Na sexta-feira (19), às 15h, no Havana 1884, o festival chega à 5° edição com os grupos locais Jangada Pirata, Land of Lemuria, Afronta, Corja, AnkerkeriA e Ouse. Para completar o line up, a festa recebe uma atração de renome nacional, o grupo Eskröta, de São Paulo. Outro atrativo do dia dica pela discotecagem da Dj Nina Santiago.

Além das atrações musicais, a atividade conta com cobertura fotográfica coordenada por Natércia Santana. Outras convidadas são Bruna Késsia, Anauã Luamy, Helenita Matos e o Coletivo As Carolinas. Organizado de forma independente pelo coletivo de mesmo nome, o Girls To The Front é viabilizado através de financiamento coletivo, sorteios de kits, vendas de camisas e ingressos. 

Suporte

A edição da sexta-feira (19) conta com financiamento coletivo online, apoiado pelo estúdio de tatuagem “A Porta Rosa”. A ajuda funciona assim: a cada 25 reais doados na vaquinha virtual, o apoiador concorre ao sorteio de uma tatuagem no valor de R$ 300, oferecida pela tatuadora Carol Telless. O suporte visa ajudar a pagar as passagens da banda Eskröta (SP).

O Girls to The Front conta com economia criativa também marcada pela força feminina nos negócios, além de contar com lojas e selos parceiros como: Loja Trevosa, Otrera Store, Garota Dinamite Artesanato, Vertigem Discos, Medusa Store, Ateliê Lua Cheia, loja Maniacs, Brechó reinvente, Ateliê Astarte, Entrelinhas, Samambaia e Fanchonas. 

Sobre a união

"O coletivo Girls To the Front é composto por mulheres que lutam para combater o machismo dentro da cena underground cearense e abrir mais espaço para as mulheres nos palcos", explicam as organizadoras em nota. A trajetória iniciou em 2017, quando a integrante Joicy Gomes Feitosa organizou o primeiro festival. O termo "Girls To the Front" remonta ao posicionamento de Kathleen Hanna nos shows de sua banda, a Bikini Kill. A cantora, musicista, ativista feminista e escritora pedia para todas as garotas irem para frente do palco. 

Nesse intervalo, o Girls To the Front trouxe grupos de fora como Oldcrastch e Räivä (Alagoas) e Ratas Rabiosas (São Paulo). A criação do "Girls On Stage" passou a incluir bandas e projetos de meninas que atuam na música, mas não necessariamente nos vocais. Outras iniciativas foram a criação do "[Her]volution", atividade que abre as portas para artistas de outros eixos culturais e um documentário produzido pela Dandré Filmes, cujas filmagens capturaram a 3° edição da festa.
 

 

 

 

 

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