Supermercados: operação e abastecimento estão garantidos durante lockdown

Conforme a Acesu, a rede local está habituada ao esquema de prevenção da covid-19 e não há ítens com problemas de abastecimento, diferente do que ocorreu com o álcool em gel no início da pandemia 

Escrito por Redação ,
Foto: Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A rede de supermercados no Ceará terá funcionamento regular durante o "lockdown", período de medidas mais restritivas de isolamento social que se inicia nesta sexta (8), frente à pandemia do novo coronavírus. Segundo informações da Associação Cearense de Supermercados (Acesu), os estabelecimentos estão preparados para seguir as normas, de acordo com o decreto anunciado pelo Governo do Estado na última terça (5). 

Hoje, nenhum ítem está em falta em toda a rede, assegura o vice-presidente da Acesu, Nidovando Pinheiro, sobre o abastecimento. "Podemos ter dificuldade com um ítem ou outro, mas se você não encontra em uma loja, acha em outra", pondera Pinheiro.

Ele recapitula que, no início da pandemia no Estado, as lojas tiveram dificuldade com o fornecimento de alcóol em gel 70%, mas agora o problema já foi contornado. 

Nesta quinta (7), clientes do Makro, no bairro Dias Macêdo, registraram em imagens a falta de produtos na prateleira do supermercado atacadista em Fortaleza. Pinheiro observa que, neste caso, não há informação sobre o problema na rede de supermercados locais. 

Legenda: Nesta quinta, clientes fortalezenses sentiram a falta de produtos em prateleiras e refrigeradores no Makro (Dias Macêdo)
Foto: Foto: VC Repórter

"Nessas lojas de grandes marcas, é comum que o centro de distribuição seja situado fora (do Estado). Aí eles ficam dependendo do transporte de mercadorias de outros estados, das indústrias. E o problema de logística aqui no Ceará e no Brasil está bem complicado", avalia. 

Preparo

Comércio "chave" neste período de isolamento social, a rede de supermercados precisa lidar com um fluxo constante de gente e, em paralelo, com o desafio de evitar a contaminação entre as pessoas nesse movimento. 

Além disso, algumas lojas tiveram de se adaptar ao serviço de entrega de mercadorias em domicílio, a fim de preservar, sobretudo, a clientela que faz parte do grupo de risco da contaminação da covid-19 (maiores de 60 anos e pacientes com comorbidades). 

O negócio é considerado um serviço essencial para o decreto que determina as restrições de circulação e, por conta do fluxo constante, Nidovando Pinheiro destaca que os estabelecimentos já estão habituados ao esquema de controle. 

Lockdown

Com o lockdown estabelecido, o vice-presidente da Acesu sinaliza que "são medidas pelas quais a gente já vinha se preparando, e agora vai ter um controle mais rigoroso. Na entrada dos clientes nas lojas, com a conscientização da obrigatoriedade do uso das máscaras para todos, e a permissão de entrada de só uma pessoa por família no estabelecimento". 

"E quanto à questão da higiene dos carrinhos, das cestinhas, da disponibilidade de alcóol em gel (para os clientes) e outros produtos para desinfectar equipamentos de uso, como aqueles de check outs, tudo tem sido feito", complementa Pinheiro.

Confira as restrições de funcionamento dos supermercados com as novas regras, publicadas no Diário Oficial do Estado (DOE) na última terça-feira (5):

  • Disponibilização de álcool 70% a clientes e funcionários; preferencialmente em gel;
  • Uso obrigatório de máscaras de proteção por funcionários;
  • Dever de impedir o acesso ao estabelecimento de pessoas que não estejam usando máscara, bem como impedir em seu interior a permanência simultânea de clientes que inviabilize distanciamento social mínimo de dois metros;
  • Autorização para ingresso nos estabelecimentos de somente uma pessoa por família;
  • Atendimento prioritário das pessoas do grupo de risco da Covid-19
  • Motoristas do transporte público ou privado não devem permitir a entrada de pessoas sem o uso de máscaras.
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