Cancelamento de viagens em decorrência do coronavírus ainda é tímido nas agências de Fortaleza

Alguns consumidores, entretanto, temem passar pela China nos próximos meses com o avanço da doença

Escrito por Redação ,
Legenda: Empresas que trabalham com pacotes para a região ainda não sentiram forte procura por cancelamentos e remarcações
Foto: Foto: Divulgação

O impacto do avanço do coronavírus pelo mundo ainda é sentido de forma tímida pelas agências de viagens de Fortaleza. De acordo com pesquisa efetuada pela reportagem na manhã desta quinta-feira (30), clientes com viagens marcadas para países da Ásia - continente no qual a incidência da doença é maior - ainda não provocaram uma corrida em busca de remarcações ou cancelamentos. Em apenas um dos estabelecimentos pesquisados foi percebida queda no interesse pelo pacote.

A Casablanca, por exemplo, informou que ainda não houve procura no sentido de cancelamentos ou remarcações de viagens para a Ásia. Em pelo menos três agências da CVC de Fortaleza, essa movimentação também não foi observada.

Conforme Marina Sátiro, consultora de viagens da Naja Turismo, até agora não houve desistência, mas sim queda no interesse pelo destino. Ela detalha que na última semana os passageiros começaram a questionar sobre o assunto.

"Ainda não tivemos nenhum cancelamento ou remarcação. Apenas passageiros que desistiram de adquirir o pacote para os países mais afetados. Caso algum queira remarcar, não há um custo fixo, pois os pacotes para esses países, que são diversos (com várias noites e cidades inclusas), já vêm montados por alguma operadora e a regra para cancelamento e remarcação varia de acordo com cada uma e também há influência da data. Geralmente pacotes cancelados até 60 dias antes da viagem, desconta-se 10%. Esse valor vai aumentando conforme se aproxima o período da viagem", explica Marina.

Diante da situação, Marina considera que adiar a viagem é uma alternativa interessante nesses casos, principalmente quando o passageiro é criança, idoso ou tem saúde debilitada. "Para aqueles que realmente não podem evitar e necessitam realmente fazer a viagem, pedimos para que sigam rigorosamente as orientações da Sociedade Brasileira de Infectologia e façam um seguro viagem".

Com viagem marcada para o meio do ano, o advogado João Carlos Ferreira está se programando para passar por Coreia do Sul e Japão com um grupo de seis pessoas. Como não vai visitar a China, ele não pretende cancelar a passagem.

"Ainda é cedo e nós não vamos para a China", diz, acrescentando que também não chegou a receber nenhum comunicado de cancelamento por parte da companhia aérea.

Em contrapartida, há consumidores que preferem não arriscar e pretendem remarcar ou cancelar a viagem. O empresário Helder Santos havia se preparado para para viajar em um mês e meio para a China. "Eu ainda estou resolvendo com a companhia aérea sobre o reembolso. Ainda falta um mês e meio e estou esperando. Por enquanto, não sei ainda se vou viajar", diz ele, que planejou passar pelos Estados Unidos antes do destino final.

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