Em um ano, tarifa branca avança quase cinco vezes no Ceará

Número de unidades que aplicam a tarifa diferenciada avançou de 280 em setembro de 2018 para 1.346 em igual mês do ano passado, segundo dados da Aneel. Desde quarta (1º), todos os brasileiros já podem aderir à modalidade

Escrito por Redação ,
Legenda: Quem consumir energia fora do horário de pico pode reduzir seus gastos com energia elétrica.
Foto: FOTO: KID JUNIOR

Com a proposta de cobrar valores reduzidos para o consumo de energia elétrica fora de horários de pico e mais elevados nas outras horas do dia, a tarifa branca vem se popularizando no Estado. De acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o número de unidades consumidoras cearenses que aderiram à nova modalidade cresceu quase cinco vezes em um ano - passando de 280 em setembro de 2018 para 1.346 em igual mês do ano passado.

Desde a última quarta-feira (1º), todos os consumidores brasileiros já podem aderir à tarifa branca. Aprovada em 2016, a Aneel havia estabelecido um cronograma anual para adoção da modalidade, começando em janeiro de 2018 pelas novas ligações de clientes ou unidades consumidoras com média anual de consumo mensal superior a 500 KWh/mês. Em janeiro de 2019, o patamar mínimo foi reduzido para 250 KWh/mês, chegando agora a todos os consumidores de baixa tensão.

A tarifa branca é uma medida adotada pela Aneel para promover o sinal de preços aos consumidores e reduzir a conta de luz, além de otimizar o uso da rede elétrica. Nos dias úteis, a nova modalidade tarifária tem três valores: ponta (aquele com maior demanda de energia); intermediário (via de regra, uma hora antes e uma hora depois do horário de ponta); e fora de ponta (aquele com menor demanda de energia).

Esses períodos são estabelecidos pela Aneel e diferentes para cada distribuidora. No Ceará, o horário de ponta (mais caro) é cobrado em dias úteis de 17h30 às 20h30; o intermediário, de 16h30 às 17h30 e de 20h30 às 21h30, e o restante do dia é fora de ponta (mais barato), inclusive aos sábados, domingos e feriados, estimulando a mudança de hábitos de consumo.

Cuidados

Antes de optar pela tarifa branca, o consumidor deve conhecer bem o seu perfil de consumo. Quanto mais deslocar o consumo para o período fora de ponta, maior será a redução da conta de luz. Porém, a tarifa branca não é recomendada para aqueles consumidores que demandam mais energia nos períodos de ponta e intermediário e não houver possibilidade de deslocar o consumo para o período fora de ponta. Nessas situações, o valor da fatura pode subir.

Caso o consumidor tenha aderido à tarifa branca e não percebeu vantagem, pode solicitar sua volta ao sistema anterior (tarifa convencional). A distribuidora terá 30 dias para atender ao pedido de alteração. Se quiser participar de novo da modalidade, há período de carência de 180 dias.

A tarifa branca é válida para residências e pequenos estabelecimentos comerciais e industriais, mas não se aplica a consumidores residenciais classificados como baixa renda, beneficiários de descontos previstos em legislação e a iluminação pública.

Nacional

Segundo dados da Aneel, desde que entrou em vigência até outubro de 2019 (última informação disponível), 32,449 mil clientes em todo o País já aderiram à tarifa branca, com importante crescimento ao longo do ano passado.

A Enel SP (antiga Eletropaulo) lidera o ranking, com 7,519 mil consumidores, seguido por CPFL Paulista (3,473 mil clientes), Light (2,753 mil clientes), Coelba (2,306 mil) e CPFL Piratininga (1,998 mil). Dos 32,449 mil consumidores que já aderiram à modalidade, 25,021 mil (77%) são clientes residenciais.

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