Óbitos e casos confirmados de intoxicação por metanol sobem no Brasil

Três estados registram mortes por envenenamento com a substância.

Escrito por
Carol Melo carolina.melo@svm.com.br
(Atualizado às 15:06)
Frasco de metanol, álcool metílico, usado em laboratórios químicos, com etiqueta de advertência de substância tóxica, na mesa de laboratório, ilustrando casos de intoxicação pela substância em bebidas adulteradas no Brasil.
Legenda: Quando ingerido, inalado ou absorvido pela pele, o produto pode provocar náusea, tontura, perda da visão e até a morte.
Foto: Reprodução/Governo Federal.

Os números de mortes e casos confirmados de intoxicação por metanol subiram no Brasil, conforme atualização do Ministério da Saúde nessa quarta-feira (22). Com um novo óbito em São Paulo, o total de falecimentos subiu para 10 vítimas

Até o momento, 28 notificações de óbitos foram descartadas. E foram confirmados:

  • 7 em São Paulo;
  • 2 em Pernambuco;
  • 1 na Paraná.

Há 53 casos confirmados

Em relação aos casos, 112 notificações foram registradas, sendo 53 casos confirmados de envenenamento após o consumo de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol. Outros 59 seguem em investigação, sendo dois deles no Ceará. 

O estado de São Paulo continua liderando a quantidade de notificações, com 42 intoxicações confirmadas e 18 em investigação. O estado já descartou outras 423 notificações. 

Há ainda casos confirmados em estados como Paraná (6), Pernambuco (3), Rio Grande do Sul (1) e Mato Grosso (1).

Em relação aos casos em investigação, o Pernambuco analisa 26, São Paulo 18, Piauí 4, Paraná 4, Ceará 2, Rio de Janeiro 1, Goiás 1, Mato Grosso do Sul 1, Mato Grosso 1 e Tocantins 1.

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O que é o metanol?

metanol, quando ingerido, inalado ou absorvido pela pele em contato prolongado, pode provocar náusea, tontura, perda da visão e até a morte. Pequenas quantidades já são suficientes para provocar intoxicação grave.

Em casos de suspeita de ingestão, a orientação das autoridades é procurar imediatamente o Sistema Único de Saúde (SUS) diante dos primeiros sintomas.

De acordo com Marta Machado, secretária nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos, a detecção precoce é fundamental para o tratamento. "O tempo de detecção é um fator muito importante para o tratamento, que pode ser feito via antídotos ou até hemodiálise", afirmou a secretária.

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