Mais 10 denúncias contra Thiago Brennand por estupro e tatuagem forçada são apuradas pelo MP
O empresário já enfrenta denúncia por lesão corporal e corrupção de menores
O empresário Thiago Brennand é alvo de 10 novas denúncias de mulheres que o acusam de estupro e de serem obrigadas a tatuar as iniciais dele no corpo. O Ministério Público de São Paulo (MPSP) apura os casos.
Os crimes teriam ocorrido em 2021 e neste ano, em Porto Feliz, interior de São Paulo. As vítimas são mulheres que conheceram Brennand pelas redes sociais ou tiveram algum relacionamento com ele. As informações foram divulgadas pela Folha de S. Paulo e confirmadas pelo g1 e pela TV Globo com a defesa das mulheres e o MP.
Com as novas denúncias, o número de mulheres que denunciaram terem sido obrigadas a tatuar as iniciais de Thiago Brennand Fernandes Vieira subiu para três.
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A primeira disse, em entrevista ao Fantástico, que foi estuprada e forçada a se tatuar. "'Eu falei assim: 'Thiago, não faz isso comigo, Thiago'. Daí [ele] falou assim: 'Você agora é propriedade minha, você vai ficar marcada'. E a arma dele ali, todo mundo vendo ele armado", relatou a vítima.
Cárcere privado e maus-tratos
As vítimas devem ser ouvidas em breve pelo Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência (NAV). Conforme o advogado Marcio Janjacomo, que representa algumas das vítimas, foi pedido à Promotoria que sejam apuradas também denúncias de cárcere privado, maus-tratos e lesão corporal.
"Nós fizemos atendimento dessas vítimas arregimentando todas as provas e entregamos, protocolamos junto ao MP as provas pedindo providências ao caso", informou o advogado ao g1.
Denunciado pelo MP
O empresário foi denunciado pelo MP-SP por lesão corporal e corrupção de menores no começo deste mês após ter sido flagrado agredindo uma modelo em academia de luxo de um shopping.
A modelo Alliny Helena Gomes disse que Thiago se incomodou com a presença dela no local e teria iniciado uma discussão verbal pouco antes das agressões. A história teria o contexto de que a moça negou investidas amorosas feitas por ele.
"Ele estava alterado, rodeando muito, falou para eu sair de lá. Eu falei 'Eu não saio', ele falou de novo 'sai', eu falei 'não saio', eu falei mais alto e ele falou que mulher não gritava com ele", relatou Helena.
Duas outras mulheres contaram que foram perseguidas por Thiago anteriormente, logo após elas terem rejeitado outras investidas feitas por ele.
Uma das vítimas, que não se identificou, pontuou que teria feito reclamações formais à gerência da academia. "Nunca tive nenhum tipo de resposta. Ele fez mais uma ameaça, falando, inclusive, que ele não tinha medo dessa moda de direitos da mulher", reforçou ela.