Homem que mutilou patas de cavalo em Bananal se pronuncia: 'Estava com álcool no corpo'

Homem de 21 anos confessou que estava "embriagado e transtornado" quando cortou as patas do cavalo em um ato "cruel"

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Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 22:00)
Cavalo deitado ao chão de terra batido e um outro cavalo olhando em direção a ele. Imagem usando em matéria sobre animal que teve as patas mutiladas em Bananal
Legenda: Uma imagem do cavalo chegou a ser divulgada nas redes sociais
Foto: Reprodução/Instagram

Um homem de 21 anos confessou ter mutilado um cavalo com um facão em Bananal, no interior de São Paulo, no último sábado (16). O tutor do animal, Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, afirmou que estava "embriagado e transtornado" quando cortou as patas do cavalo e admitiu que foi um ato "cruel".

"Não foi uma decisão [mutilar o cavalo]. Foi um ato de transtorno. Em um momento embriagado, transtornado, eu peguei e cortei, por cortar. Foi um ato cruel. Estava com álcool no corpo. Não é culpa da bebida. É culpa minha. Eu reconheço os meus erros", disse o homem em entrevista para a Rede Vanguarda nesta terça-feira (19).

Segundo relato de Andrey Guilherme, a mutilação ocorreu após a morte do cavalo. O caso de maus-tratos ao animal está sendo investigado pela Polícia Civil.

“Muitas pessoas estão me criticando por um ato que eu não fiz, falando que eu cortei as quatro patas do cavalo. Eu cortei duas. Eu mutilei duas patas do cavalo, mas depois dele ter morrido. Foi uma covardia, mas em um ato de transtorno", declarou.

O homem também se defendeu de acusações afirmando que não era "um monstro". "Estão me acusando de um ato que eu não fiz. Muitas pessoas estão me julgando e falando que eu sou um monstro. Eu sou nascido e criado no ramo de cavalo, mexo com boi, tenho o apelido de boiadeiro", alegou.

O caso foi registrado como prática de ato de abuso a animais, com agravamento pela morte do cavalo. Por meio de nota, a Prefeitura de Bananal disse que tomou conhecimento do caso e que trabalha para auxiliar a polícia com a investigação.

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Entenda o caso

A Polícia Civil de São Paulo está investigando uma denúncia sobre a morte de um cavalo mutilado com um facão em Bananal (SP). Denúncias revelaram que o tutor do animal teria cortado as patas dele após uma cavalgada na zona rural da cidade, no último sábado (16). O caso repercutiu após artistas, como a sertaneja Ana Castela, usarem as redes sociais para divulgar o caso. 

Conforme Boletim de Ocorrência (B.O), em depoimento, a testemunha afirmou que ele e o tutor estavam em uma cavalgada, quando o animal branco ficou cansado, parou de andar e deitou no chão.

Ainda segundo o relato da testemunha, o cavalo ficou com a respiração fraca até cessar por completo, o que levou o tutor a acreditar que o animal tinha morrido.

A testemunha afirmou que, nesse momento, o tutor do cavalo branco disse: “se você tem coração, melhor não olhar” e em seguida o jovem tirou um facão que estava na cintura e desferiu um golpe na pata do animal, cortando-a.

Diante da situação, a testemunha disse que passou mal e foi embora do local sem o tutor, sem saber o que aconteceu em seguida.

Artistas pedem justiça nas redes sociais

Famosos como a cantora Ana Castela, a ativista Luisa Mell e a atriz Paolla Oliveira saíram em defesa do animal nas redes — cobrando que as autoridades investiguem o caso e que os responsáveis sejam punidos.

Na rede social, Ana Castela classificou o ocorrido como uma covardia e pediu apoio popular para o caso ganhar repercussão e chegar até às autoridades.

A ativista Luísa Mell, engajada na luta contra os maus-tratos aos animais, também fez uma postagem cobrando justiça. No post, Luísa mostrou indignação, chamando quem mutilou o animal de "monstro" e "covarde".

“Monstros! Como pode gente? Pelo amor de Deus! Exigimos punição! Estes covardes têm que pagar! Cortaram as patas de um cavalo! Vamos pressionar! Não se calem!”, disse a ativista nas redes.

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