Adolescente que matou professora estava agressivo na última semana e deu soco em irmão, diz mãe
Mãe diz que não esperava que o filho tomasse "essa atitude"
A mãe do estudante que matou uma professora e feriu outras cinco pessoas, nessa segunda-feira (27), em ataque na escola estadual Thomazia Montoro, em São Paulo, afirmou em depoimento que ele estava agressivo em casa há uma semana. Conforme o advogado da família da professora Elisabeth Tenreiro, Amadeus França, a mãe não esperava que o filho "fosse capaz de tomar uma atitude dessas".
As informações são da CNN Brasil. A mãe planejava ter uma conversa com os filhos para entender o comportamento do mais velho. "Ela está muito abalada", disse o advogado. Ela ainda disse sobre um dia que viu o filho dando um soco no outro irmão e justificando que estava "estressado". Aos pais, o jovem reclamou que estava sofrendo bullying na escola.
Amadeus França foi, há mais de 30 anos, aluno da professora morta. A professora teria interrompido a aposentadoria e começado a ensinar no colégio porque queria "contribuir com a sociedade de alguma forma".
A família aguarda o corpo ser liberado do Instituto Médico Legal. O adolescente foi encaminhado para a Fundação Casa. Nesta terça-feira (28), ele passará por uma audiência de custódia na Vara da Infância e do Adolescente.
FRIEZA AO CONFESSAR O CRIME
O adolescente demonstrou frieza ao confessar o crime, conforme o delegado responsável pelo caso. Ele foi apreendido e ouvido pelos investigadores do 34º Distrito Policial.
Para descobrir o que estaria por trás do ataque, a Polícia deve apurar mais informações sobre as brigas relatadas, analisar um bilhete escrito pelo adolescente e as postagens dele nas redes sociais.
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Comportamento agressivo e transferência
Em um boletim de ocorrência registrado em 28 de fevereiro, o jovem foi descrito como alguém agressivo, conforme informações da Folha.
O documento foi registrado por uma funcionária da escola estadual José Roberto Pacheco, em Taboão da Serra, na Grande São Paulo. O histórico violento provocou a transferência do garoto para a Thomazia Montoro, no início deste mês, segundo o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite.
No BO, o adolescente é descrito como alguém que apresenta comportamento suspeito nas redes sociais, "postando vídeos comprometedores, por exemplo, portando uma arma de fogo e simulando ataques violentos".