Aluno que matou professora em ataque à escola demonstrou frieza ao confessar crime, diz delegado
O adolescente foi apreendido e encaminhado para uma unidade da Fundação Casa
O estudante que matou uma professora e feriu outras cinco pessoas, nessa segunda-feira (27), durante um ataque registrado na escola estadual Thomazia Montoro, em São Paulo, demonstrou frieza ao confessar o crime, conforme o delegado responsável pelo caso. O adolescente foi apreendido e ouvido pelos investigadores do 34º Distrito Policial.
Ele [o autor do crime] passou todas as informações de forma pormenorizada, ele admitiu os fatos. E as imagens são fortes. Ele foi frio, não demonstrou muita emoção e admitiu, confessou, na presença da advogada, na presença dos pais", detalhou o delegado Marcos Vinicius Reis ao jornal Folha de S. Paulo.
A motivação do crime ainda está sendo investigada, conforme o delegado. Para descobrir o que estaria por trás do ataque, a Polícia deve apurar mais informações sobre as brigas relatadas, analisar o bilhete escrito pelo adolescente e as postagens dele nas redes sociais.
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Sobre os boatos de possíveis novos ataques, o delegado disse que as autoridades têm um fato material e que ainda devem colher novos depoimentos. Nos próximos dias, a corporação deve analisar postagens na internet, os bilhetes apreendidos e os 32 depoimentos colhidos.
O adolescente de 13 anos deixou a delegacia por volta das 18h10, sendo encaminhado para ser submetido a um exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) Oeste. Após o procedimento, ele foi encaminhado para a Fundação Casa. Nesta terça-feira (28), ele passará por uma audiência de custódia na Vara da Infância e do Adolescente.
"Esperamos que ele permaneça apreendido. Foi um procedimento com bastante lisura e trabalhoso. É um caso que envolve menores e uma vida", disse Reis ao portal.
Comportamento agressivo e transferência
Em um boletim de ocorrência, registrado em 28 de fevereiro, o jovem foi descrito como alguém agressivo, conforme informações da Folha.
O documento foi registrado por uma funcionária da escola estadual José Roberto Pacheco, em Taboão da Serra, na Grande São Paulo. O histórico violento provocou a transferência do garoto para a Thomazia Montoro, no início deste mês, segundo o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite.
No BO, o adolescente é descrito como alguém que apresenta comportamento suspeito nas redes sociais, "postando vídeos comprometedores, por exemplo, portando uma arma de fogo e simulando ataques violentos".
"O aluno encaminhou mensagens e fotos de armas aos demais alunos por WhatsApp, e alguns pais estão se sentindo acuados e amedrontados com tais mensagens e fotos", detalha outro trecho do documento.