Escola avisou polícia sobre comportamento de aluno um mês antes do ataque a faca

Aluno também teria feito um quiz sobre matadores em série

Escrito por Redação ,
Aluno foi encaminhado ao 34º Distrito Policial, na Vila Sônia, em São Paulo
Legenda: Aluno foi encaminhado ao 34º Distrito Policial, na Vila Sônia, em São Paulo
Foto: Reprodução

O aluno que matou uma professora e atacou outras quatro pessoas em um ataque a faca, na manhã desta segunda-feira (27), em São Paulo, já tinha reclamações da antiga escola registradas há um mês. Conforme o boletim de ocorrência (BO) a qual o portal Metrópoles teve acesso, a Escola Estadual José Roberto Pacheco alertou as autoridades sobre o comportamento suspeito do adolescente. 

Segundo o BO registrado no 1º Distrito Policial de Taboão da Serra, a escola afirmava que o jovem apresentava comportamento suspeito nas redes sociais e publicava vídeos portando arma de fogo, simulando ataques violentos. De acordo com a escola, o adolescente teria enviado mensagens com fotos de armas a colegas.

ataque a escola em SP O que se sabe

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Com o ocorrido, os pais do aluno foram convocados a escola, na época. O secretário de Educação informou que o aluno pediu para ser transferido.Após o ataque na escola desta manhã de segunda-feira (27), o aluno foi encaminhado ao 34º DP, na Vila Sônia. Mais de 30 pessoas foram ouvidos pela Polícia. 

QUIZ SOBRE MATANÇA

O estudante também teria criado um quiz sobre matadores em série. O título do questionário online era "Qual dos serial killers você seria?". Havia ainda uma pergunta sobre "qual Coringa (personagem vilão do Batman) você seria". 

No questionário também possuía uma enquete sobre cinco formas de matar, no qual ele descreve instrumento de matança, motivação do crime, vestimenta e propõe necrofilia.

ATAQUE PLANEJADO

adolescente de 13 anos que matou e atacou professores e alunos da Escola Estadual Thomazia Montoro, na manhã desta segunda-feira (27), planejou um ataque com arma de fogo, conforme o titular da Segurança Pública de São Paulo Guilherme Derrite informou em coletiva, nesta segunda-feira (27).

Ele estava planejando fazer um atentado com uma arma de fogo e não conseguiu. Ele relatou isso informalmente aos policiais civis e militares que chegaram na ocorrência.
Guilherme Derrite
Secretário da Segurança Pública

O jovem havia brigado com outro aluno e hoje a diretora havia marcado uma reunião para conversar com ele. O perfil pessoal do aluno no Twitter será analisado. A polícia também verificou se o celular do adolescente tinha informações sobre ataques em outros estados do Brasil.

PROFESSORA IMOBILIZA ALUNO

Vídeo de câmeras de segurança da Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, mostra o momento em que uma professora imobiliza o adolescente responsável pelo ataque a facas na unidade escolar. Ela tentava salvar outra docente. 

 

Nas imagens, é possível ver a professora de educação física entrando na sala e vendo o aluno com o rosto coberto com uma máscara, esfaqueando a professora. A partir daí, ela vai ao encontro do adolescente e consegue imobilizá-lo. Na sequência, outra professora aparece na sala e consegue tirar a faca da mão do jovem. 

De acordo com o portal Uol, a professora foi identificada como Cíntia, pela Secretaria da Educação. Guilherme Derrite, titular da Segurança Pública, informou que ela está sendo ouvida pela Polícia.

O Governo considerou o ato dela heroico. "Se não fosse essa ação heroica, certamente a tragédia teria sido muito maior", disse Derrite.

PROFESSORA DE 71 ANOS MORREU

A professora Elisabete Tenreiro, de 71 anos, morreu após sofrer parada cardiorrespiratória na escola. Ela recebeu atendimento médico, mas não resistiu aos ferimentos.

As outras três professoras atacadas na escola foram socorridas para unidades hospitalares. 

Em relação às crianças, inicialmente a Polícia informou serem dois feridos a faca, mas apenas um foi atingido, no braço, e não tem estado grave. A outra criança foi socorrida em estado de choque, mas sem ferimentos.

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