Trump afirma que conversará com Lula sobre taxa de 50% em 'algum momento', mas 'não agora'

O presidente norte-americano alega que o presidente brasileiro trata o ex-presidente Jair Bolsonaro "de forma muito injusta"

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Redação producaodiario@svm.com.br
Donald Trump, presidente dos EUA, em entrevista coletiva
Legenda: O presidente Donald Trump alega que o Brasil trata o ex-presidente Jair Bolsonaro de forma "injusta"
Foto: Shutterstock/Joshua Sukoff

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sinalizou a possibilidade de conversar com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sobre as tarifas de 50% impostas ao País. Em entrevista a Raquel Krakenbuhl, correspondente da TV Globo em Washington, nesta sexta-feira (11), ele afirmou que o diálogo será em "algum momento".

"Talvez aconteça em algum momento, não agora. Ele está tratando o [ex-]presidente [Jair] Bolsonaro de forma muito injusta. Eu o conheço bem, já negociei com ele e ele é um bom negociador. Posso te falar que ele é um homem muito honesto e ama o povo brasileiro", afirmou Trump, na entrevista, referindo-se a Bolsonaro.

A aplicação da tarifa de 50% foi divulgada pelo governo norte-americano nessa quarta-feira (9), em carta enviada ao presidente Lula. Com a medida, o Brasil se tornou o país com as tarifas mais caras aplicadas pelos EUA no mundo.

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Defesa de Bolsonaro

Trump está, praticamente, em uma campanha de defesa de Bolsonaro. Nas redes sociais, o republicano afirmou que o ex-presidente brasileiro deveria ser "deixado em paz" e alegou que ele era alvo de perseguição, numa "caça às bruxas".

Bolsonaro é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado após as últimas eleições gerais.

Em resposta à interferência do norte-americano, Lula disse que o processo judicial é de competência exclusiva da Justiça brasileira e "não está sujeito a nenhum tipo de ingerência ou ameaça que fira a independência das instituições nacionais".

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Quando a taxa entrará em vigor?

Se permanecer, a taxa de Trump deve entrar em vigor a partir de 1º de agosto e será cobrada separadamente de tarifas setoriais.

O presidente norte-americano chegou, inclusive, a ameaçar taxar em 100% os países-membros do Brics que não se curvarem aos "interesses comerciais dos EUA".

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