EUA revogam visto de Alexandre de Moraes, seus familiares e demais aliados do ministro no STF

Medida vem após aplicação de medidas cautelares contra o ex-presidente Jair Bolsonaro

Escrito por
Lucas Monteiro lucas.morais@svm.com.br
(Atualizado às 07:27, em 19 de Julho de 2025)
Marco Rubio em audiência no Congresso americano
Legenda: Marco Rubio afirmou que medida tem efeito imediato
Foto: Anna Moneymaker / AFP

O Secretário de Estado norte-americano Marco Rubio revogou, nesta sexta-feira (18), o visto americano do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes e de 'seus aliados no tribunal'. Familiares do magistrado também serão afetados pela medida do chefe da diplomacia do governo de Donald Trump.

  • Não está claro se outros ministros do STF serão atingidos pela determinação

Em publicação nas redes sociais, Rubio disse que a atual liderança do país "vai responsabilizar estrangeiros responsáveis pela censura à expressão protegida nos Estados Unidos".

“A caça às bruxas política do Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, contra Jair Bolsonaro criou um complexo de perseguição e censura tão abrangente que não apenas viola direitos básicos dos brasileiros, mas também se estende além das fronteiras do Brasil, atingindo os americanos”, disse o secretário, e que o efeito da medida é imediato.

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Veja publicação do Secretário de Estado

Retaliação após aplicação de medidas cautelares

A resposta do governo americano ocorre após aplicação de medidas cautelares contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que por determinação de Moraes, decidiu pelo uso de tornozeleira eletrônica no aliado de Trump.

Marco Rubio observa Donald Trump
Legenda: Donald Trump chama o processo contra Jair Bolsonaro de "caça às bruxas"
Foto: Andrew Caballero-reynolds / AFP

Além do uso do equipamento de monitoramento, Bolsonaro terá de se recolher das 19h às 6h da manhã em dias úteis - sem liberação aos sábados e domingos -, além de ficar proibido de usar redes sociais e se comunicar com o filho Eduardo Bolsonaro, que vive atualmente nos EUA.

A solicitação foi assinada pelo Procurador-geral da República, Paulo Gonet, e foi atendida por Alexandre de Moraes. A PGR entendeu que havia risco concreto de fuga do país por parte do ex-presidente, além de intimidação a autoridades brasileiras.

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