Trump processa jornal dos EUA por revelar supostas mensagens enviadas a Epstein

A ação judicial foi apresentada um dia após o Wall Street Journal publicar uma reportagem da troca de cartas entre Trump e o milionário acusado de abuso sexual

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Diário do Nordeste/AFP producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 21:53)
Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Imagem em matéria sobre presidente norte-americano processar jornal por divulgar supostas mensagens a Epstein
Legenda: Em sua defesa, Trump afirma que o texto foi "falso, malicioso e difamatório"
Foto: Jim Watson / AFP

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, entrou com um processo nesta sexta-feira (18) contra o Wall Street Journal, dois jornalistas do veículo e Rupert Murdoch, um dos proprietários do jornal, por difamação e calúnia.

A ação judicial foi apresentada um dia após o Wall Street Journal publicar uma reportagem que revelou uma suposta troca de cartas entre Trump e Jeffrey Epstein, milionário acusado de abuso sexual e tráfico humano, morto na prisão em 2019.

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O artigo expõe uma carta de aniversário sugestiva que Trump teria escrito em 2003 a Epstein. Conforme a publicação, o presidente dos EUA, na época empresário e membro do jet set, enviou várias mensagens a Epstein — uma delas, diz o jornal, trazia o desenho de seios de uma mulher, além de uma frase que sugeria assuntos íntimos.

"Um amigo é uma coisa maravilhosa. Feliz aniversário – e que cada dia seja um novo segredo maravilhoso", dizia a mensagem, segundo o Wall Street Journal.

O processo foi registrado no tribunal federal do distrito sul da Flórida, em Miami. Seu conteúdo não foi tornado público.

Defesa de Trump

Em sua defesa, Trump afirma que o texto foi "falso, malicioso e difamatório". O magnata pediu à secretária de Justiça, Pam Bondi, que “obtenha todo e qualquer testemunho ao Grande Júri que se mostre pertinente, mediante aprovação da corte”, e comentou sobre a "quantidade ridícula de publicidade dada a Jeffrey Epstein" nas últimas semanas.

Jeffrey Epstein foi acusado de comandar uma rede de tráfico sexual de menores de idade e de abusar sexualmente de diversas vítimas. Ele morreu na prisão antes do final do processo, em 2019.

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