Elon Musk cita 'arquivos Epstein' para atacar Trump; saiba o que são

Empresário e o presidente americano trocaram farpas nas redes sociais

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Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 06:54, em 06 de Junho de 2025)
Elon Musk na Casa Branca antes de sair do cargo de conselheiro para matéria informando que bilionário cita arquivos Epstein para atacar Trump
Legenda: Elon Musk disse que “a verdade virá à tona”
Foto: ALLISON ROBBERT / AFP

O empresário Elon Musk acusou, sem apresentar provas, o presidente americano Donald Trump de estar presente nos arquivos do investidor e criminoso sexual americano Jeffrey Epstein, já falecido. A postagem do bilionário veio após uma série de troca de farpas entre ambos.

"Hora de jogar a bomba realmente grande: Donald Trump está nos arquivos de Epstein. Essa é a verdadeira razão pela qual eles não se tornaram públicos. Tenha um ótimo dia, DJT!", escreveu o bilionário na rede social X.

Ele seguiu: “Marque esta publicação para o futuro”, acrescentou ele em outra publicação que “a verdade virá à tona.”

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O que são os arquivos de Jeffrey Epstein?

Chamado de "Epstein files", ou "arquivos de Epstein", os documentos estão relacionados ao criminoso sexual Jeffrey Epstein, empresário e investidor americano, já falecido, que foi condenado por exploração sexual de mais de 250 meninas menores de idade em suas casas em Nova York e na Flórida, entre outros locais.

Tendo convivido com milionários, celebridades e políticos, Epstein fez fortuna com seu fundo de investimento e se declarou culpado pela exploração sexual de menores em 2008. Ele foi preso pelos crimes em 2019, mas tirou a própria vida dentro da prisão um mês depois, em Nova York.

Jeffrey Epstein em foto na prisão para matéria onde Elon Musk cita arquivos Epstein para atacar Trump
Legenda: Jeffrey Epstein tirou a própria vida na prisão, em 2019
Foto: Florida Departament of Law and Enforcement / AFP

No início deste ano, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos divulgou partes dos arquivos que trazem evidências apreendidas ao longo da investigação, que desvendou a rede de prostituição infantil de Epstein.

Os arquivos têm, por exemplo, registros de voos que apontam para os nomes de pessoas que usaram aeronaves particulares pertencentes ao bilionário, o que indicava alguma relação com o esquema.

Entre os mais de 150 nomes conhecidos e que figuram nos documentos, estão o do ex-presidente dos EUA Bill Clinton e o do príncipe britânico Andrew.

Donald Trump é citado nos arquivos de Epstein?

Amigos próximos nas décadas de 1990 e 2000, Donald Trump teria usado uma das aeronaves de Jeffrey Epstein, já que o nome do presidente americano consta nos registros das anotações de quem controlava o uso dos aviões.

Em registro de maio de 1994, o nome de Donald Trump aparece ao lado do da ex-esposa, Marla Maples, e da filha Tiffany. Entretanto, de acordo com a imprensa americana, não foi encontrado ao longo das investigações nenhuma evidência que ligue Trump aos crimes ligados a Epstein.

Ainda no ano passado, Trump fez, como uma das promessas de campanha, liberar para conhecimento público a investigação e retirar o sigilo dos documentos do caso Jeffrey Epstein.

O objetivo, segundo o governo americano, é dar mais transparência às investigações. Uma parte inicial dos arquivos foi liberada em fevereiro, mas ela duplicava em grande parte informações que já haviam sido tornadas públicas.

Escalada de tensões 

A escalada de tensões entre Musk e Donald Trump acontece após as críticas feitas pelo dono da Tesla sobre um projeto de lei aprovado na Câmara, que deve reduzir a receita do Estado em US$ 4 trilhões ao longo de uma década, mas adiciona US$ 2,5 trilhões no mesmo período.

Donald Trump com Elon Musk no Salão Oval da Casa Branca para matéria onde bilionário cita arquivos Epstein
Legenda: O bilionário americano deixou o governo na semana passada, dizendo que iria focar em suas empresas
Foto: Alisson Robbert / AFP

Segundo Musk, o projeto vai aumentar “absurdamente” o “já gigantesco” déficit orçamentário dos EUA para US$ 2,5 trilhões. “Esse projeto de lei gigantesco, ultrajante e repleto de desperdícios do Congresso é uma abominação nojenta”, afirmou, complementando que os republicanos que votaram a favor da medida “deveriam ter vergonha”. "Vocês sabem que er

O bilionário, que foi forte apoiador e conselheiro do atual presidente americano durante as eleições e nos primeiros meses de mandato, e agora rompe de vez com Trump e se diz "decepcionado" com o antigo aliado, que lhe indicou a um cargo no Departamento de Eficiência Governamental, tendo saído do governo na semana passada.

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