Psoríase: o que é, tipos, causa e tratamento

Doença crônica e inflamatória se caracteriza pela presença de manchas vermelhas com escamas esbranquiçadas na pele

Escrito por Redação ,
Doença Psoríase
Legenda: A psoríase é uma doença crônica da pele caracterizada pela presença de manchas róseas ou avermelhadas
Foto: Shutterstock

Doença crônica da pele, a psoríase se caracteriza pela presença de manchas róseas ou vermelhas com escamas secas esbranquiçadas, podendo afetar homens e mulheres em qualquer idade. 

De natureza inflamatória, porém de causa desconhecida, a doença afeta de 1% a 3% da população, segundo explica o médico dermatologista Guilherme Holanda*, e também pode atingir outras partes do corpo, como unhas, couro cabeludo e articulações. 

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Tipos de psoríase

De acordo com o especialista, a forma mais comum da doença é a psoríase vulgar, que acomete a face extensora dos membros como cotovelos e joelhos e no tronco.

No entanto, outras formas se diferenciam pelo local de acometimento do corpo, além das variantes mais raras e graves, conforme destaca Guilherme Holanda, como a psoríase eritrodérmica e a pustulosa

Veja os principais tipos e sintomas

  • Psoríase vulgar: lesões de tamanhos variados, avermelhadas, com escamas secas, prateadas ou acinzentadas que surgem nos joelhos, cotovelos, tronco e no couro cabeludo; 
  • Psoríase ungueal: aparecem manchas amareladas principalmente nas unhas das mãos;
  • Psoríase invertida: lesões em áreas como axilas, virilhas, joelhos e cotovelos;
  • Psoríase palmoplantar: lesões que aparecem nas palmas das mãos e solas dos pés;
  • Psoríase eritrodérmica: quando as lesões se espalham por todo o corpo;
  • Psoríase pustulosa: quando as lesões na pele formam pus.

Psoríase Vulgar
Legenda: A Psoríase Vulgar apresenta lesões de tamanhos variados, avermelhadas e com escamas secas
Foto: Shutterstock

O que causa a psoríase?

Ainda conforme o dermatologista Guilherme Holanda, a causa da psoríase permanece desconhecida, mas pacientes com histórico familiar de doença possuem maior risco de desenvolvê-la. Segundo aponta, de 30% a 40% dos pacientes com a patologia possuem algum histórico na família. 

"Como a psoríase é uma doença sistêmica, existem alguns problemas de saúde que podem estar relacionados, como obesidade, problemas cardiovasculares, abuso de álcool e tabagismo, ansiedade e depressão", explica o médico. 

Holanda também destaca que 40% dos pacientes possuem acometimento das articulações que podem levar a um quadro debilitante, segundo estudo da Universidade de São Paulo (USP). 

É transmissível?

A psoríase não é uma doença transmissível e, segundo o médico, a melhor forma de preveni-la é realizar seguimento regular com um dermatologista. 

Ele explica que diversos fatores ambientais e comportamentais podem ser o gatilho para o surgimento ou o agravamento da patologia. Entre eles, estão o estresse, o tabagismo e o consumo excessivo de álcool.

Também podem colaborar para a doença o tempo frio; infecções, em especial a da garganta; ou o uso de alguns medicamentos, como antidepressivos e anti-inflamatórios. 

Psoríase Invertida
Legenda: A Psoríase Invertida também se caracteriza por lesões em joelhos e cotovelos
Foto: Shutterstock

Tem cura?

Apesar de ter tratamento, a doença não tem cura definitiva. O médico Guilherme Holanda afirma que os sintomas aparecem e desaparecem periodicamente, e o tempo de terapia vai depender da forma da doença e da sua extensão. 

"Nos quadros leves, a hidratação da pele e medicamentos tópicos associados a uma exposição solar nos horários e tempo adequados muitas vezes são suficientes para controle do quadro. Nos casos moderados a graves, pode ser necessário tratamento com luz ultravioleta (UVA ou UVB) em cabines, chamado de fototerapia ou medicamentos injetáveis ou comprimidos prescritos pelo dermatologista", esclarece o especialista.

A psoríase é uma doença autoimune? 

O dermatologista explica que a definição correta para a psoríase é a de uma doença inflamatória crônica imunomediada.

Isso porquê a classificação dela como uma doença autoimune, segundo diz, apresenta evidência científica limitada e tem sido questionada devido à ausência de anticorpos específicos e de autoantígenos definidos, à não ativação de células B e à ausência de fatores de risco genéticos comuns a outras condições autoimunes. 

 

*Guilherme de Medeiros Holanda é médico graduado no Centro Universitário Christus, com residência Médica em Dermatologia pela USP, especialização em Dermatologia Oncológica e Cirúrgica na USP; e especialização em Cirurgia Micrográfica de Mohs na USP. 

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