Cigarro eletrônico faz mal? Entenda os riscos do uso de vape
Os vaporizadores são conhecidos pelas substâncias nocivas e que causam dependência
Os riscos do uso dos cigarros eletrônicos já foram divulgados em diversos estudos em todo o mundo, seja por conta da dependência associada ou pelas doenças causadas por eles. No Brasil, casos como o do cantor sertanejo Zé Neto, da dupla Zé Neto e Cristiano, e o mais recente envolvendo a cantora Solange Almeida acendem o alerta publicamente para o uso contínuo do dispositivo.
No Ceará, por exemplo, o consumo em ambientes públicos e privados é proibido por lei. Ainda assim, não é incomum que eles sejam vistos em eventos, encontros e reuniões.
Veja também
Estudos já mostram que eles, também conhecidos como vaporizadores ou vapes, possuem capacidade elevada de desenvolver dependência da nicotina ainda maior que o cigarro comum. Além disso, têm potencial para o despertar de doenças sérias no trato respiratório.
Cigarro eletrônico faz mal?
Segundo dados colhidos pela Coordenação de Prevenção e Vigilância do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), que analisou diversos estudos, quando estes dispositivos possuem nicotina, a necessidade constante de utilizá-lo pode ser sempre maior.
A médica epidemiologista Liz Almeida, coordenadora de Prevenção e Vigilância do Inca, contou, em entrevista à Agência Brasil em maio do ano passado, que os cigarros eletrônicos eram vistos inicialmente como forma de sair do vício. Entretanto, logo se mostraram prejudiciais nesse aspecto.
"A indústria passou a investir de forma muito tensa em fazer novos usuários. A maior adesão que esse produto teve em todo o mundo foram os jovens que nunca tinham fumado", pontuou.
Nesse sentido, explicam os especialistas, o contato com o cigarro eletrônico pode acabar servindo como incentivo ao uso do cigarro comum.
Ao todo, o Inca analisou 22 estudos de diferentes países sobre o tema, que incluíram um total de 97.659 participantes que já fizeram uso do dispositivo.
Perigos
Mas não é só a nicotina que influencia no uso de cigarros desse tipo. Mesmo as opções zeradas dessa substância ainda podem representar perigos diversos à saúde do usuário.
Conforme o otorrinolaringologista Paulo Manzano, que concedeu entrevista ao Diário do Nordeste em novembro de 2021, os metais pesados como chumbo, níquel e cádmio, que estão inclusos na composição dos vaporizadores, são nocivos aos seres humanos.
Além disso, o próprio vapor gerado pelo objeto pode ser responsável por desenvolver uma inflamação pulmonar, ainda que quando exista a presença de nicotina o risco seja maior.
Veja alguns possíveis danos do uso do cigarro eletrônico:
- náusea,
- vomito,
- queimaduras,
- irritação do trato respiratório superior,
- tosse seca,
- ressecamento ocular,
- decréscimo da exalação de óxido nítrico sintetizado nos pulmões,
- alterações brônquicas,
- risco de câncer de pulmão.