Fiocruz identifica subvariantes mais transmissíveis da Ômicron

As linhagens BA.4, BA.5 e BA.2.12.1 da variante tiveram aumento na detecção, entre os meses de maio e junho

Escrito por Diário do Nordeste/Agência Brasil ,
fachada da sede da fiocruz
Legenda: A Rede Genômica Fiocruz já produziu e enviou para as vigilâncias e laboratórios estaduais um total de 709 relatórios, que continham 45.657 genomas
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) identificou, por análise genômica, a substituição da linhagem BA.1 da Covid-19 pela linhagem BA.2 nas amostras analisadas entre 20 de maio e 2 de junho. Ambas são subvariantes da Ômicron.

Além disso, a Fiocruz identificou o aumento na detecção, entre os meses de maio e junho, das linhagens BA.4, BA.5 e BA.2.12.1, que têm características genômicas que podem levar a uma maior transmissibilidade viral.

Os dados são computados semanalmente na Rede de Plataformas Tecnológicas com a obtenção de dados da Plataforma EpiCoV da Global Initiative on Sharing All Influenza Data (Gisaid), plataforma internacional para compartilhamento de dados genômicos dos vírus de influenza e Sars-CoV-2.

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A atualização da Rede Genômica Fiocruz mostra a caracterização genômica de sete casos confirmados por RT-PCR de coinfecção pelos vírus Sars-CoV-2 e influenza e ainda 69 casos de reinfecção, 48 dos quais associados à reinfecção pela Ômicron.

A variante BA.1 foi a responsável pelo surto da Covid no Brasil ocorrido entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022. A BA.2 tem ganhado espaço não apenas no Brasil como em outros países. As cepas BA.4 e BA.5 parecem se espalhar ainda mais rápido do que as mutações anteriores da Ômicron.

Rede genômica e as variantes

A Rede Genômica Fiocruz já produziu e enviou para as vigilâncias e laboratórios estaduais um total de 709 relatórios, que continham 45.657 genomas. O trabalho é feito pelo Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), no Rio de Janeiro, e os laboratórios integrantes da Rede Genômica Fiocruz em outros sete estados: Amazonas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Piauí, Paraná e Pernambuco. Esses oito centros de monitoramento atendem aos 26 estados e ao Distrito Federal.

Até o momento, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu dez variantes de monitoramento prioritário do coronavírus, classificadas em quatro categorias:

  1. variantes de preocupação (VOC),
  2. variantes de interesse (VOI),
  3. variantes sob monitoramento (VUM) e
  4. linhagens de variantes de preocupação sob monitoramento (VOC-LUM).

Estão em circulação apenas as VOCs Ômicron e Delta.

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